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Wework tem menos de 15 dias para pagar fundo imobiliário; Justiça aprova liminar de despejo

17 set 2024, 16:47 - atualizado em 18 set 2024, 10:40
O prazo se encerra no próximo dia 24. (Imagem: REUTERS/Kate Munsch)

O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) informou, nesta terça-feira (17), que a Justiça concedeu uma liminar de despejo contra a WeWork. Segundo o fundo, a empresa foi notificada sobre a decisão no último dia 9 e tem até 15 dias para sanar todas as pendências financeiras — o prazo, portanto, se encerra no próximo dia 24.

O imóvel, do qual o fundo detém 34,81% da propriedade, teve os aluguéis dos meses de maio, junho e julho de 2024 não pagos, apesar de a WeWork continuar a arcar com os encargos de condomínio e IPTU. O locatário representa menos de 10% do FII.

A ação vem após uma tentativa de acordo feita pelo assessor jurídico contratado pela empresa de coworking para auxiliar com a inadimplência em seus escritórios.

“Sempre buscamos os melhores acordos com o objetivo de defender o nosso cotista, e, para isso, nosso time age rápido e de maneira estratégica e contundente quando ocorre qualquer problema que possa impactar os nossos FIIs”, disse Anita Scal, sócia-diretora da Rio Bravo. Ela destacou que a proposta da WeWork, que incluía redução nos valores do aluguel, não foi aprovada pelo Fundo e pelos demais co-proprietários.

Scal afirma que, apesar do impacto, o fundo está confiante na alta liquidez do imóvel, localizado em uma das regiões mais valorizadas de São Paulo, atraindo o interesse de grandes empresas de diversos segmentos do mercado.

Além do RCRB11, o fundo Vinci Offices (VINO11) também informou que possui uma liminar na Justiça para despejar a Wework do imóvel localizado na Rua Oscar Freire, caso a empresa não acerte os valores pendentes. A empresa HBR Realty também entrou com ação.

No entanto, outros três fundos receberam os aluguéis atrasados como é o caso do Multi Renda Urbana Closed Fund (VVMR11) e do fundo Torre Almirante (ALMI11).

Vale lembrar que nos Estados Unidos, a pioneira do modelo de coworking chegou a realizar um pedido de proteção contra credores no Chapter 11 — equivalente a um pedido de recuperação judicial por aqui, no final do ano passado.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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