Política

Wellington Dias: Quem é o futuro ministro do Desenvolvimento Social de Lula, e comandará o Bolsa Família

22 dez 2022, 11:39 - atualizado em 22 dez 2022, 11:41
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Wellington Dias desbancou Simone Tebet pelo controle do Bolsa Família no próximo governo Lula (Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil)

Wellington Dias será o ministro do Desenvolvimento Social de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-governador do Piauí e senador eleito foi confirmado pelo presidente eleito nesta quinta-feira (22), em entrevista coletiva.

A nomeação de Dias representa uma vitória do PT, que sempre defendeu que a pasta ficasse com o partido. O motivo é que o Desenvolvimento Social comanda o Bolsa Família, o mais importante trunfo político das gestões petistas junto à população de baixa renda.

Para se ter uma ideia do poder de fogo do programa social, o Bolsa Família terá um orçamento estimado de R$ 70 bilhões no ano que vem, já com o novo valor de R$ 600 defendido por Lula durante a campanha presidencial.

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Wellington Dia no Desenvolvimento Social: como fica Simone Tebet?

A indicação de Wellington Dias significa, também, uma derrota para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que encerrou a corrida eleitoral em terceiro lugar e se tornou uma das maiores apoiadoras de Lula no segundo turno. Tebet integrou, inclusive, a equipe de transição e sempre foi apontada como ministeriável.

A indicação de Tebet representaria ainda a confirmação de que a frente ampla que elegeu Lula seria recompensada – algo cada vez mais distante de ocorrer, já que os principais postos na Esplanada dos Ministérios estão se concentrando nas mãos do PT.

Dias era cotado ainda para assumir o Ministério do Planejamento. Isto, porque trazia um trunfo na bagagem: uma reforma da Previdência dos funcionários públicos do Piauí, quando governou o Estado. A reforma é considerada bem-sucedida e exemplar.

Entre as medidas adotadas, estão o aumento da contribuição de servidores ativos e inativos, venda de ativos do Estado para melhorar o caixa. O resultado, em 2022, foi uma redução de 30% no rombo das contas do Piauí.