Weg (WEGE3): Rentabilidade foi destaque no 1T24, mas analistas mantêm cautela; é hora de comprar a ação?
A Weg (WEGE3) reportou dados ‘fortes’ na primeira temporada de balanços de 2024 (1T24), avaliam analistas do mercado. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,327 bilhão, de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (2).
Segundo Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano, do Itaú BBA, os números vieram com uma sólida recuperação na rentabilidade, devido à margem Ebitda atingir a faixa dos 22%. “Isso reforça nossa visão sobre como a rentabilidade deve acomodar-se ao nível superior ao inicialmente previsto — acima das expectativas do consenso”, dizem.
A taxa de imposto inferior ao previsto, de 18%, levou a uma queda nos resultados financeiros de 9% em relação às estimativas da casa — apesar do impacto do preço de transferência ter aparecido pela primeira vez.
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Para os analistas da XP Investimentos, Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes, a melhora das margens de hoje deve levar mais tempo para se normalizar. “Vemos o desempenho suave da receita do 1T24 corroborando nossa visão de desaceleração do crescimento dos lucros nos próximos trimestres, limitando o espaço para o valuation ser revisado”, ponderam.
Além disso, a conclusão da aquisição de motores industriais e geradores da Regal deve contribuir para o crescimento inorgânico de receita. No entanto, a corretora vê um impacto limitado nos lucros no curto prazo, visto que a adquirida ainda precisa aumentar progressivamente a rentabilidade.
O BTG Pactual, em relatório assinado por Fernanda Recchia, Lucas Marquiori e Marcelo Arazi, diz que a companhia não apresentou surpresas no período, tendo um crescimento ‘mais fraco’ da receita líquida ano a ano.
É hora de comprar as ações da Weg?
o Itaú BBA reiterou sua recomendação de compra para WEGE3, com preço-alvo de R$ 47. “As discussões com os pares da Web sugerem que os pedidos de ciclo curto podem começar a aumentar nos próximos meses, beneficiando as receitas da Weg no exterior”, apontam os analistas.
Já o BTG e a XP reiteram indicações neutras. Para a XP, o crescimento limitado de lucro não é suficiente para justificar uma revisão de valuation.
O BTG, por sua vez, destaca que a companhia continua sendo “uma das melhores histórias corporativas do Brasil”, com uma tendência resiliente de lucros, incluindo resultados do primeiro trimestre provavelmente melhores do que o esperado.
No entanto, os analistas preferem o posicionamento em ativos em uma faixa de valuation mais atrativo — visto que as ações estão sendo negociadas a 32x o preço lucro de 2024.