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WEG (WEGE3): Contratempos tiram atratividade da ação? Veja o que diz o BTG

15 nov 2022, 10:00 - atualizado em 15 nov 2022, 13:39
WEG
Analistas do BTG mapearam ao menos três contratempos dentro da tese de investimento da WEG (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A WEG (WEGE3) segue sua trajetória de crescimento, aprimorando suas vantagens competitivas em seus produtos, destaca o BTG Pactual, em relatório publicado após o Investor Day 2022 da companhia.

Apesar disso, a empresa e sua ação não estão livres de desafios. Analistas do banco mapearam ao menos três contratempos dentro da tese de investimento:

  • ritmo de crescimento: investidores questionam a capacidade da WEG de manter taxas de crescimento elevadas em cenários econômicos mais difíceis.
  • debate sobre o pico do ciclo de ROIC (retorno sobre o capital investido): os níveis altos do indicador da empresa são explicados por uma combinação de fatores que inclui elevados índices de utilização, alocação de capital disciplinada, mix favorável e depreciação do real; e
  • valuation: atual múltiplo de 31,9 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2023 não está barato.

Mesmo com os contratempos, o BTG segue com recomendação de compra para a ação da WEG, considerando a redução do risco de crescimento de curto prazo e o histórico de execução superior, “o que deve gerar um forte momento de lucros”. O preço-alvo sugerido para a ação é de R$ 50.

“Também vemos a WEG como uma importante escolha ESG (sigla em inglês para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa)”, acrescentam Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcel Zambello, que assinam o relatório divulgado na semana passada.

O BTG atualizou suas estimativas para o crescimento de receita em 2022 e 2023, agora em 27% e 18%, respectivamente (ante 18% e 18% antes), e aproveitou para elevar as projeções de margem Ebitda a 19% em 2022 e 21% em 2023 (de 18% e 18%).

Ampliando vantagens competitivas

Segundo os analistas, a estratégia de fabricação da empresa na divisão de motores se mostrou altamente bem-sucedida durante a pandemia, em meio a problemas na cadeia de suprimentos, que atrapalharam os negócios dos principais concorrentes.

Na avaliação do BTG, a WEG parece estar melhorando sua estratégia de verticalização e regionalização, tendo investimentos previstos nas regiões da América do Norte, Índia e Turquia para aumentar a competitividade em nível global e no mercado brasileiro a fim de expandir a capacidade do parque industrial.

“Vemos os investimentos em motores elétricos como o melhor uso do dinheiro para a empresa, pois amplia suas vantagens competitivas em seu segmento de maior rentabilidade”, afirmam Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcel Zambello, que assinam o relatório divulgado na semana passada.

Na área de automação, os analistas enxergam uma importante oportunidade para a WEG, principalmente em segmentos como drives, inversores de frequência e soft starters.

“A WEG tem forte poder de marca em motores elétricos, mas esse poder é amenizado quando se trata de drives e controle de movimento (geralmente dominados por fabricantes europeus)”, comentam.

Segundo o BTG, o ganho de participação em controles de movimento é um processo gradual e requer investimentos adicionais em capacidade. Porém, o banco enxerga tais investimentos como uma “alocação de capital inteligente”, uma vez que aprimora as competências essenciais da WEG, gerando assim retornos acima da média para a companhia.

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O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.