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WEG (WEGE3): BTG vê investimento na China como alinhado ao longo prazo e diz o que fazer com papel; veja

21 nov 2024, 15:06 - atualizado em 21 nov 2024, 18:36
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BTG Pactual avalia investimento da WEG como alinhado com os objetivos de longo prazo (Imagem: Divulgação WEG)

O investimento de US$ 62 milhões — cerca de R$ 358 milhões — anunciado pela WEG (WEGE3) para expandir sua capacidade produtiva na China está em linha com as metas de longo prazo da companhia, disse o BTG Pactual.

Segundo o banco, a WEG busca aumentar progressivamente a integração de componentes próprios em suas unidades internacionais, o que deve fortalecer sua competitividade nos principais mercados globais.

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Os analistas do banco apontam que o investimento representa 9% do capex estimado para a WEG no ciclo 2025-26. Eles observam que o foco de investimentos está sendo redirecionado para a China após uma série de investimentos no Brasil e México, além de fusões e aquisições nos Estados Unidos e na Europa — incluindo Marathon/Regal, Gefran e Volt.

A criação de hubs de manufatura verticalmente integrados em países de baixo custo sempre foi um pilar central na estratégia de expansão internacional da WEG, disseram os analistas. Nesse sentido, regiões como México, Índia e China têm sido consistentemente priorizadas pelos executivos seniores da companhia.

“Apesar da alta valorização da companhia (31x P/L 2025), temos uma recomendação de WEG como compra devido ao forte momento nos resultados e fatores estruturais sólidos que suportam uma expansão de múltiplos das ações”, dizem os analistas.

Nesta quinta-feira (21), as ações da WEG encerraram o dia com baixa de 0,74%, a R$ 53,73.

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WEG mira países relevantes de baixo custo

Para o BTG, a WEG retomará um programa de investimentos internacionais mais acelerado, tendo em vista as recentes fusões e aquisições, além dos investimentos anunciados.

“Enxergamos os investimentos maiores em integração vertical nas unidades externas como um fator-chave para a melhoria da lucratividade dessas operações”, dizem os analistas.

Como exemplo, os analistas citam a expansão da capacidade produtiva nos Estados Unidos, que, combinada com condições de mercado favoráveis, resultou em um aumento significativo no ROE (retorno sobre o patrimônio) da unidade americana da WEG. O retorno passou de cerca de 10% no período de 2019-2020 para aproximadamente 30% em 2023.

Em contrapartida, as operações da WEG na China apresentaram um ritmo mais gradual de melhoria. Após anos de ROEs no ponto de equilíbrio, a unidade chinesa alcançou um ROE sólido de 18% em 2023.

“Com a contínua integração vertical e a demanda sustentada, acreditamos que as operações na China têm o potencial de atingir uma lucratividade ainda maior”, afirmam os analistas.