Comprar ou vender?

BofA eleva recomendação e preço-alvo de Weg (WEGE3) e vê salto de 23%; veja porque comprar a ação

08 jul 2024, 11:36 - atualizado em 08 jul 2024, 11:36
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BofA eleva recomendação e preço-alvo de Weg (Imagem: Weg/Divulgação)

O Bank of America (BofA) elevou a recomendação de Weg (WEGE3) de neutra para compra e o preço-alvo de R$ 44 para R$ 52 — o que implica uma potencial alta de aproximadamente 23%.

Os analistas Rogerio Araujo, Gabriel Frazao e Joao Andrade avaliam que o mercado esperava uma contração gradual das margens da Weg, o que se tornou improvável. “Esperamos, portanto, revisões positivas das margens nos próximos trimestres”, dizem em relatório desta segunda (8).

A avaliação positiva se baseia na alta de 18% do cobre no segundo trimestre de 2024 e na desvalorização de 12% do real no ano. Além disso, os analistas citam que a contribuição das energias renováveis para a receita da companhia vem diminuindo e que os preços e as margens de transmissão e distribuição (T&D) estão melhorando.

O preço-alvo de WEGE3 foi ajustado baseado em quatro pontos:

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  • maior resiliência de margem esperada (+R$ 8/ação);
  • depreciação do Real (+R$2/ação);
  • aumento de 10 pontos base no Certificados de Operações Estruturadas (CoE) (-R$1/ação); e
  • menor valor de alavancagem (-R$1/ação).

Por que comprar Weg?

Araujo, Frazao e Andrade, do BofA, afirmam ainda que a Weg negocia a um preço sobre lucro (P/E) de 30 vezes, 34% acima da média histórica. “Assumindo a exposição regional da Weg, vemos atualmente um CoE de 10,7%, em linha com a média histórica – o que não justifica um prêmio múltiplo”, dizem.

A principal razão para a atual valorização do prêmio da companhia, segundo os analistas, é o otimismo dos investidores com o crescimento futuro, especialmente no mercado de T&D.

Eles esperam também que a Weg se beneficie dos ganhos de participação de mercado em motores elétricos e motion drive globalmente, e aproveite oportunidades na mobilidade elétrica do Brasil.

Além disso, o BofA revisaram os ganhos da companhia em 2025 e 2026 em 4% e 16% — acima do consenso.