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WEG: saiba por que preço alto da ação não é motivo para ficar de fora do investimento

27 set 2021, 17:50 - atualizado em 27 set 2021, 17:50
WEG
A WEG continua mostrando forte execução e benefícios de um portfólio de produtos exposto a crescimento disruptivo, avaliou o Bank of America (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A tese de investimento da WEG (WEGE3) parece cada vez mais atrativa para os analistas. A companhia continua sendo bem vista pelo mercado mesmo em momentos tão difíceis como a atual pandemia de Covid-19. Alguns motivos explicam o otimismo em relação ao nome.

O Bank of America ajustou o case da WEG pela oitava vez desde o início da pandemia. O banco atualizou as projeções para a companhia, desta vez elevando os números em 40% em relação às estimativas pré-pandêmicas.

“A companhia continua mostrando forte execução e benefícios de um portfólio de produtos exposto a crescimento disruptivo”, afirmou a equipe de análise da instituição, em relatório divulgado na sexta-feira.

Na avaliação do Bank of America, a WEG se beneficia do mercado de energias renováveis por meio da sua exposição ao segmento solar, que segue em ritmo de expansão. A empresa também está bem posicionada para aproveitar a crescente demanda do ciclo global de investimentos. Soma-se a isso a boa execução da empresa, que conseguiu manter as taxas de produção em meio aos desafios do ambiente macro.

Quem também adotou uma visão parecida foi o Credit Suisse. O banco vê mais números positivos do que o contrário.

“Em receitas, evidências apontam para uma forte demanda, direcionada pela retomada das economias globais e da distribuição de energia solar no Brasil”, comentou.

O Credit Suisse também acha que a queda recente dos preços das commodities cria espaço para resultados melhores do que inicialmente esperados para o médio prazo.

Resultados do terceiro trimestre prometem

Contrariando os críticos que acreditam que o crescimento da WEG é só uma fase, o Bank of America projeta resultados do terceiro trimestre fortes – surpreendentes até.

O banco prevê expansão da receita líquida de 18% no comparativo anual, impulsionada por vendas domésticas robustas. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve crescer 12%, com as margens levemente pressionadas pelo mix de produtos e custo de materiais. O lucro líquido esperado é de R$ 797 milhões, alta de 24% na comparação ano a ano.

O Credit Suisse, por sua vez, manteve a estimativa de normalização da margem Ebitda, que deve atingir 18,6% para o segundo semestre do ano, além de um ROIC (Return On Invested Capital, ou Retorno Sobre o Capital Investido em tradução para o português) na faixa de 27% a 29% para o mesmo período.

O Bank of America reiterou a compra da ação da WEG, com preço-alvo de R$ 48. Para o banco, o valuation alto (a empresa é negociada a 52 vezes P/L [preço sobre lucro] para 2022 versus aproximadamente 28 vezes a média de cinco anos) não é razão para adotar uma visão negativa sobre o papel.

“Acreditamos que o valuation é justificado pela exposição a tendências seculares disruptivas, execução premium, valor de escassez e momentum de ganhos”, explicou.

O Credit Suisse manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 46, apoiada pela manutenção do acelerado ritmo de crescimento no curto prazo.

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