Weg não decepciona no 1º trimestre e está preparada para surfar na retomada econômica
Os números da Weg (WEGE3) do primeiro trimestre, mais uma vez, encheram os olhos dos analistas. A empresa lucrou R$ 764,26 milhões, alta de 73,7%.
Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 1,02 bilhão, montante 64,2% superior.
“O resultado da companhia foi positivo, apesar do crescimento trimestral menor. O management já havia anunciado que o ano de 2020 teríamos um crescimento mais reduzido, em todo caso, a companhia surpreendeu novamente em termos de retorno atingindo um ROIC (retorno sobre o patrimônio líquido) impressionante de 28,2%”, afirmou o analista Luis Sales, da Guide Investimentos.
Além disso, a Weg fechou o período com um caixa líquido de R$ 2,7 bilhões.
Segundo Max Bohm, da Empiricus, isso é só começo.
“Se você acha que a WEG está cara, a tendência é ficar ainda mais, já que é uma companhia que entrega resultados excelentes. Investir em WEG é investir no futuro”, afirma.
Para a Mirae, a empresa deverá entrar em um novo ciclo de crescimento, aproveitando a demanda global mais aquecida devido a recuperação da economia.
“O setor e a Weg serão beneficiados nos próximos meses com a recuperação global da economia nos produtos de ciclo curto e de ciclo longo. A empresa vem sendo mais uma vez eficiente no controle de custos e de despesas”, afirma Fernando Bresciani e Pedro Galdi, que assinam o relatório da corretora.
A própria companhia atribuiu o resultado à recuperação gradual dos mercados interno e externo em relação aos efeitos da pandemia da Covid-19, com maior demanda por equipamentos de ciclo curto, como nas áreas de eletroeletrônicos industriais, motores comerciais e appliance.
“Esperamos que a empresa deva entrar em um novo ciclo de crescimento a médio prazo, principalmente com a entrada de novas tecnologias e investimentos em infraestrutura e energia tanto no Brasil quanto no mundo”, completou Sales.
Lembrando que a Weg tem uma grande exposição ao mercado externo, tendo 53,8% da receita deste semestre vindo das operações no exterior e exportações.