Warren e Gensler criticam Coinbase e a falha inclusão financeira das criptomoedas
Na semana passada, a queda no preço das criptomoedas e as falhas técnicas em corretoras ilustraram a necessidade de a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC) regular corretoras cripto, afirma a senadora Elizabeth Warren.
Na manhã desta terça-feira (14), Gary Gensler, presidente da SEC, discursou no Comitê Bancário do Senado Americano para dar seu testemunho sobre o trabalho da comissão.
Criptomoedas foram o assunto principal conforme Gensler antecipou o assunto com um irônico “agora, sobre as criptos…”.
Com foco em uma corretora cripto em particular, a senadora Warren criticou afirmações de que cripto ajuda na inclusão financeira:
Ouvimos muito sobre como cripto se trata de inclusão financeira. Quero testar com vocês se cripto é versão melhorada do sistema financeiro.
Fazendo referência à queda de mercado da semana passada, Warren afirmou: “em uma questão de horas, US$ 400 bilhões em valor de mercado sumiu”.
Ela mencionou um hipotético investidor de varejo que perdeu todo o seu dinheiro na terça-feira (7) após ter investido na noite de segunda-feira (6). Caso precisasse sacar seus ativos, esse investidor teria recorrido a corretoras como a Coinbase (COIN), que estavam temporariamente fora do ar.
Esse possível investidor, de acordo com Warren e Gensler, não teria recursos, pois não existe um regime regulatório federal para corretoras cripto.
Mencionaram especificamente a Coinbase e Gensler afirmou que a corretora não teve de se registrar como uma corretora de valores mobiliários, “mesmo que dezenas de tokens possam ser valores mobiliários”.
Em seguida, fazendo referência a plataformas como “corretoras DeFi”, Warren disse que, “na última terça-feira, a taxa de conversão entre dois tokens na rede Ethereum era superior a US$ 500”.
Gensler está centralizando o debate sobre o registro de corretoras de criptomoedas com a SEC. A Coinbase já informou ter um grande conflito com a SEC por conta de seu produto Lend, já que a comissão ameaçou processar a corretora por oferecer outro tipo de valor mobiliário não regulado.
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