Warburg corta valorização da Ant em 15%, para menos de US$ 200 bilhões, diz fonte
Warburg Pincus, um grande investidor global do Ant Group, reduziu sua avaliação da empresa chinesa de fintech em 15%, para menos de 200 bilhões de dólares, devido aos riscos de uma reestruturação na empresa sediada em Hangzhou, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto.
A empresa americana de private equity Warburg, que foi um grande investidor na arrecadação de fundos privados do Ant em 2018, reduziu a avaliação da empresa para 191 bilhões de dólares no final de setembro, ante 224 bilhões de dólares no final de junho, disse a primeira fonte à Reuters.
A última avaliação de Warburg da Ant, uma afiliada do Alibaba, está muito abaixo dos 315 bilhões de dólares anunciados há um ano em seu planejado IPO, que teria sido o maior do mundo se não fosse cancelado no último minuto.
O peso-pesado de private equity mudou sua metodologia de avaliação para a empresa, citando “desenvolvimentos regulatórios e o impacto da reestruturação em curso”, disse a fonte, sem dar mais detalhes.
No primeiro semestre do ano, o Ant gerou receita de cerca de 16,9 bilhões de dólares, um aumento de 52% no comparativo anual e 4,9 bilhões de dólares no lucro líquido ajustado, um aumento de 29% no comparativo anual, de acordo com um último documento financeiro preparado por um investidor e visto pela Reuters.
De acordo com o relatório de dados trimestrais de setembro do Alibaba, o lucro da Ant foi de 5,2 bilhões de dólares no primeiro semestre, um aumento de 43% no comparativo anual, devido principalmente aos ganhos líquidos das mudanças no valor justo nos investimentos da Ant.
A Fidelity, investidora do Ant que se juntou à Warburg, avaliou-a em 68 bilhões de dólares no final de julho, segundo cálculos da Reuters com base em suas divulgações públicas. Em janeiro, avaliou a Ant em 233 bilhões de dólares.
Os investidores da Ant não possuem grandes esperanças de que o IPO da empresa seja retomado tão cedo, já que ainda está no meio de um complicado processo de reestruturação que requer aprovações regulatórias em muitas frentes, disseram outras quatro pessoas.
Ant e Warburg não quiseram comentar. As fontes não quiseram ser identificadas porque não estavam autorizadas a falar com a mídia.