Wall Street vai à lona com perspectiva de juros mais altos; Dow Jones fecha próximo de mínima do ano
Os índices acionários de Nova York fecharam o último pregão da semana em forte queda, com investidores ainda assimilando a nova realidade de juros fora da neutralidade.
Ao fim do pregão, o S&P 500 caiu 1,72%, o Nasdaq perdeu 1,80% e o Dow Jones perdeu 1,62%. Foi por muito pouco que o índice Dow Jones não alcançou a mínima de 2022, registrada em junho, sinalizando que o mercado de urso está mais vivo do que nunca.
Entre as principais perdas do dia estão os papéis das petrolíferas americanas, penalizadas pela forte queda do mercado de petróleo.
Caiu a ficha?
Wall Street lida com dificuldades com a realidade do aperto monetário em curso nos Estados Unidos. Decisões semelhantes do BCE, do Banco da Inglaterra e do BC suíço não ajudam a aliviar o sentimento de que uma recessão deverá ser o preço capital a ser pago para que a inflação volte à meta.
Em contraste à antecipação feita pelo BC brasileiro e por outras autoridades de países emergentes, os Bancos Centrais das economias mais avançadas demoraram para inverter o paradigma da política monetária expansionista ministrada até 2021.
Há, no entanto, um período de tempo, entre seis e nove meses, que separa a ação dos BCs e os seus efeitos na economia real. Até lá, e na improbabilidade de que as autoridades alterem radicalmente o curso dos apertos monetários, o mercado de renda variável internacional deverá estar sujeito a ondas sucessivas de aversão ao risco.
ADRs brasileiras acompanham aversão generalizada ao risco
O pessimismo externo tomou de refém o desempenho do Ibovespa, fazendo o índice tombar mais de 2%. As ADRs listadas em Nova York acompanharam o movimento de queda, com o índice que registra as 20 ações brasileiras de maior liquidez perdendo mais de 5%.
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