Wall Street recua com incertezas comerciais
As ações dos Estados Unidos recuaram nesta quinta-feira, em meio a tons conflitantes em torno de um possível acordo comercial entre os EUA e a China ofuscando os fortes balanços de Apple e Facebook.
O índice industrial Dow Jones caiu 140,45 pontos, ou 0,52%, para 27.046,24, o S&P 500 perdeu 9,14 pontos, ou 0,30%, para 3.037,63, e o Nasdaq Composite caiu 11,62 pontos, ou 0,14%, para 8.292,36.
Sinais mistos acerca do comércio deram aos investidores motivos de cautela depois que a Bloomberg noticiou que as autoridades chinesas têm dúvidas quanto à possibilidade de alcançar um acordo comercial abrangente, de longo prazo, com Washington e o presidente do país, Donald Trump.
Mais tarde, no entanto, Trump afirmou que os dois países anunciariam em breve um local onde será assinado a “Fase 1” do acordo comercial, após o Chile ter cancelado uma cúpula planejada para meados de novembro, em que se daria a assinatura.
O declínio foi o segundo para o índice S&P 500 nos últimos sete dias, após o índice de referência ter alcançado recordes intradiários nas últimas três sessões e uma nova marca de fechamento em dois dos últimos três dias.
“A ação de hoje, com o mercado em baixa, não é motivo para ninguém ficar super preocupado porque, depois do rali que tivemos por duas semanas, você deve suspeitar que em algum momento o mercado tem de recuar um pouco”, disse Ken Polcari, estrategista de mercado sênior na SlateStone Wealth LLC em Jupiter, Florida.
O setor industrial, sensível ao comércio, recuou 1,14%, enquanto os fabricantes de chips expostos chineses também caíram, levando o índice Semiconductor Philadelphia a recuar 0,62%.
No entanto, os ganhos corporativos foram um ponto positivo. Apple subiu 2,26% depois que a fabricante do iPhone previu vendas acima das expectativas para o último trimestre do ano.
O Facebook avançou 1,81% após relatar um aumento de usuários em mercados lucrativos, assim como seu terceiro aumento consecutivo no crescimento de vendas trimestrais.
Já os dados de empregos do Departamento de Trabalho de outubro, a serem divulgados na sexta-feira, serão monitorados de perto depois de o Federal Reserve, banco central dos EUA, ter sinalizado na quarta-feira que não haverá novos cortes na taxa de juros do país, a menos que a economia local entre em rota negativa.