Wall Street fecha em queda com desempenho puxado por tecnologia na véspera do feriado de “Ação de Graças”
Com o dia orientado por dados econômicos e véspera do feriado de “Ação de Graças”, Wall Street ficou de lado.
Confira como fecharam os índices de Nova York:
- S&P 500: -0,38%, aos 5.998,74 pontos;
- Dow Jones: -0,31%, aos 44.722,06 pontos;
- Nasdaq: -0,60%, aos 19.060,48 pontos.
No início do pregão, Dow Jones ultrapassou os 45 mil pontos pela primeira vez na histórica, mas não sustentou os ganhos.
Amanhã (28), as bolsas de Wall Street não operam. Na sexta-feira (28), as negociações serão retomadas em período reduzido — até às 13h (horário de Brasília).
O que movimentou Wall Street hoje?
Os investidores reagiram a uma bateria de dados econômicos nesta quarta-feira (27), na véspera do feriado nacional.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos expandiu a uma taxa anualizada de 2,8% no terceiro trimestre de 2024, de acordo com a segunda leitura divulgada pelo Departamento do Comércio norte-americano. Na primeira estimativa, o crescimento econômico do país também foi 2,8%. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado.
Já o índice de preços (PCE) do país subiu 0,2% em outubro. Em um ano, o PCE foi a 2,3% e se afastou da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed). A variação veio em linha com as projeções do mercado.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo do PCE subiu 0,3% no décimo mês do ano. No acumulado de 12 meses, foi a 2,8%.
Além disso, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu novamente na semana passada.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 2.000, para 213.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 23 de novembro, segundo o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam 216.000 pedidos para o período. O relatório foi publicado um dia antes devido ao feriado de Ação de Graças.
Outros dados ficaram em segundo plano como:
- Encomendas de bens de capital: Os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa e excluindo aeronaves, um indicador observado de perto dos planos de gastos das empresas, caíram 0,2% no mês passado, após um aumento revisado para baixo de 0,3% em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,1%, depois de um avanço de 0,7% relatado anteriormente em setembro;
- PMI/ISM Chicago: O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago, caiu para 40,2 em novembro, ante 41,6 em outubro. O resultado deste mês frustrou a expectativa do mercado de avanço a 44,0;
- NAR: Os contratos de compra de casas usadas nos Estados Unidos subiram de forma inesperada em outubro, registrando o terceiro mês consecutivo de avanço, apesar das altas taxas de hipoteca. O Índice de Vendas Pendentes de Moradias, com base em contratos assinados, aumentou 2,0% no mês passado, para 77,4 – o maior valor desde março – de 75,9 em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam que os contratos cairiam 2,0%.
O desempenho do setor de tecnologia também pesou sobre os índices de Wall Street.
As ações de Nvidia (NVDA; NVDA34) caíram mais de 2%. Os papéis de Dell (DELL; D1EL34) recuaram 11%, após a companhia prever um receita de quarto trimestre abaixo das expectativas do mercado, citando demanda mais fraca por PCs tradicionais e concorrência de fabricantes rivais de servidores.
*Com informações de CNBC e Reuters