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Wall Street fecha em queda com incertezas sobre a economia dos EUA, após 1º corte nos juros desde março de 2020

18 set 2024, 17:07 - atualizado em 18 set 2024, 17:43
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Wall Street operou instável ao longo do dia com as atenções concentradas na decisão do Federal Reserve sobre os juros (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson/File Photo)

Wall Street viveu uma montanha-russa nesta quarta-feira (18), com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) no centro das atenções.

O Banco Central dos Estados Unidos cortou os juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), levando a taxa ao intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,29%, aos 5.618,26 pontos;
  • Dow Jones: -0,25%, aos 41.503,10 pontos;
  • Nasdaq: -0,31%, aos 17.573,30 pontos.

As bolsas de Nova York avançaram quase 1% logo após a decisão do Federal Reserve. Mas, o ânimo dos investidores arrefeceu com falas do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell.

Além disso, a magnitude do corte nos juros trouxe de volta à mesa incertezas sobre o enfraquecimento da maior economia do mundo.

Wall Street: início do afrouxamento monetário

A decisão sobre a política monetária da maior economia do mundo concentrou as atenções dos investidores nesta quarta.

O corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) foi em linha com a expectativa do mercado, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group.

Além disso, essa foi a primeira redução desde março de 2020 e marca o início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.

“O Comitê (Federal de Mercado Aberto; Fomc, na sigla em inglês) adquiriu maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2% e julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados”, disse o Fed em um comunicado.

Junto com o comunicado da decisão, o BC dos Estados Unidos divulgou o gráfico de pontos (“dot plot“), atualizado trimestralmente. Nele, nove diretores veem taxa de juros em 4,40% ao final de 2024 – o que abre uma janela para dois cortes de 0,25 pontos-base nas próximas reuniões do Fomc.

Ou seja, o Fed deve trazer a taxa de juros (Fed Funds) ao intervalo de 4,25% a 4,50% até o final do ano, mais do que previram em junho, à medida que a inflação se aproxima da meta de 2% e o desemprego aumenta.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, disse que as projeções para a trajetória dos corte na taxa básica de juros não implicam em um processo urgente.

“Não há nada no (Resumo das Projeções Econômicas) que sugira que o Comitê (Federal de Mercado Aberto) esteja com pressa para fazer isso”, disse Powell.

Ele acrescentou que ainda não é o momento para afirmar que as pressões sobre os preços definitivamente arrefeceram.

“Não estamos dizendo que a missão está cumprida ou algo parecido” quando se trata de levar a inflação de volta a 2%. “Mas devo dizer que estamos animados com o progresso que fizemos”.

 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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