Wall Street fecha terceira queda seguida, com fala de membros do Fed e mercado de trabalho aquecido
Os índices acionários de Nova York fecharam a terça-feira (30) em queda, repercutindo falas de membros do Federal Reserve e dados do mercado de trabalho americano referente ao mês de agosto.
Às 17h, quando fechou o pregão, o Nasdaq caiu 1,12%; Dow Jones perdeu 0,96% e e o S&P 500 recuou 1,10%. É o terceiro resultado negativo em sequência dos três principais índices acionários.
Mercado aquecido e pressões inflacionárias
Wall Street tentou se desvencilhar da ressaca pós-Powell que marcou o pregão de ontem, mas a ‘temperatura alta’ do mercado de trabalho fizeram questão de lembrar aos investidores de que pressões inflacionárias ainda estão à espreita
Segundo o relatório Jolts de emprego do Departamento de Trabalho dos EUA, o país criou 1,2 milhão de vagas em julho, 200 000 a mais do registrado no mês anterior. Também houve um número menor de desligamentos, ainda que este permaneça acima dos 4 milhões.
Pressões inflacionárias supostas pelo dado abrem margem para respostas monetárias mais intensas do Federal Reserve. A inflação dos EUA está acima de 9,0%, um recorde em 40 anos.
O compromisso da autoridade monetária foi novamente ressaltado pelos dirigentes do Fed de Nova York e de Atlanta. Tanto Williams quanto Bostic, ambos votantes nesse ano, entendem que as taxas devem permanecer altas ao longo de 2023, o que ajuda a colocar mais pressão sobre os mercados acionários.
Já do lado do setor imobiliário, desaceleração à vista
Os dados fortes do mercado de trabalho ofuscaram sinais opostos vindos do setor imobiliário, que marcaram uma desaceleração do aumento de preços para novas residências — houve uma queda de 1,9 p.p abaixo do registrado em maio, quando o índice nacional marcou crescimento de 18%
Treasuries nas alturas e petroleiras em revés
Com a maioria das apostas no Fed funds apontando um aumento de 0,75 p.p na reunião de setembro, o rendimento das Treasuries é insuflado para máximas históricas. T-bills de 2 anos renderam hoje o que não rendiam desde 2008, já as T-notes de 10 anos também dispararam ao longo da sessão.
Do lado dos perdedores estiveram as empresas de petróleo, que caíram mais de 3% com as quedas do preço do barril.
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