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Wall Street: S&P 500 e Nasdaq têm pior semana do ano com liquidação de tecnologia e payroll mais fraco do que esperado

06 set 2024, 17:07 - atualizado em 06 set 2024, 17:07
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Wall Street registrou queda de mais de 1% e S&P 500 teve a pior semana do ano com liquidação das ações de tecnologia e temores de recessão (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson/File Photo)

Wall Street encerrou as negociações em forte queda, com os investidores reagindo ao relatório oficial de empregos, o payroll, de agosto e a continuidade da liquidação das ações de tecnologia — com a permanência do temor de recessão da maior economia do mundo.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -1,73%, aos 5.408,42 pontos;
  • Dow Jones: -1,01%, aos 40.345,41 pontos;
  • Nasdaq: -2,55%, aos 16.690,83 pontos.

Com a baixa, o índice S&P 500 caiu mais de 4% nos últimos quatro pregões e registrou a pior semana desde março de 2023.

Nasdaq recuou 5,50% na semana, sendo o pior desempenho desde 2022 e Dow Jones acumulou baixa de 2,8%.

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O que pesou em Wall Street?

O payroll de agosto concentrou as atenções do mercado nesta sexta-feira (6).

Os Estados Unidos criaram 142 mil vagas em agosto, de acordo com o relatório de emprego, o payroll, divulgado pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo das expectativas.

Mas payroll de agosto mostrou que o mercado de trabalho acelerou em relação a julho, quando a economia norte-americana abriu 89 mil vagas de emprego (dado revisado) — e gerou forte apreensão de que os Estados Unidos estariam em um recessão.

A taxa de desemprego ficou em linha com as expectativas, de 4,2%. em agosto Os dados de ganho médio por hora trabalhada avançaram acima do esperado na comparação mensal e anual.

Com os dados mistos, o mercado segue apostando majoritariamente em um corte de 25 pontos-base nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve na reunião de setembro.

Os traders agora veem 73% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (5), a probabilidade era de 60%.

Já a probabilidade de o Fed cortar 50 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano, caiu de 40% (ontem) para 27%.

Além disso, o presidente do Federal Reserve de New York, John Williams, disse que uma economia mais equilibrada abriu a porta para o corte dos juros, com o curso completo da ação a ser determinado pelo desempenho econômico.

“Com a economia agora em equilíbrio e a inflação a caminho de 2%, é apropriado diminuir agora o grau de restrição na política monetária, reduzindo a faixa da meta para a taxa de juros”, disse Williams no texto de um discurso preparado para reunião realizada no Conselho de Relações Exteriores em Nova York.

As ações de tecnologia também pesaram sobre os índices. Amazon e Alphabet, dona do Google, caíram mais de 3%. Já Nvidia registrou baixa de cerca de 4%.

O mais recente nervosismo em relação à IA ocorre depois que a Nvidia, na última quarta-feira (28), apresentou um resultado trimestral que não atendeu às elevadas expectativas dos investidores que impulsionaram uma alta vertiginosa em suas ações.

*Com informações de CNBC e Reuters

Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.