Wall Street fecha em queda com mercados voláteis antes de reunião do Fed
Wall Street fechou em queda nesta terça-feira, com ações de tecnologia sensíveis às taxas de juros pesando mais fortemente enquanto incertezas sobre um Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) cada vez mais “hawkish” (duro com a inflação) e crescentes tensões geopolíticas contribuíram para a agitação do mercado.
Em um padrão semelhante ao de segunda-feira, as ações dos EUA oscilaram entre perdas acentuadas e ganhos modestos.
As ações terminaram longe das mínimas da sessão, quando o S&P 500 flertou mais uma vez com a confirmação de uma correção.
Todos os três principais índices de ações dos EUA fecharam em baixa.
Se o índice de referência fechasse 10% ou mais abaixo de seu recorde alcançado em 3 de janeiro, teria confirmado que entrou em uma correção sobre essa data. Ele encerrou a sessão 9,2% abaixo desse nível.
“Estamos flutuando nessa linha arbitrária de 10%, e os investidores estão perguntando ‘é hora de proteger meu capital vendendo ou é hora de comprar a queda?'”, disse Tom Martin, gerente sênior de portfólio da GLOBALT em Atlanta. “E desde ontem, com movimento para baixo e para cima, você tem essa batalha entre os dois.”
O índice CBOE Market Volatility fechou em seu nível mais alto desde 29 de janeiro de 2021.
O Dow Jones (DJI) caiu 0,19%, para 34.297,73 pontos, o S&P 500 (SPX) recuou 1,22%, a 4.356,45 pontos, e o Nasdaq Composite (US100) caiu 2,28%, para 13.539,30 pontos.
O Fed iniciou na terça-feira sua reunião de política monetária de dois dias.
Os participantes do mercado examinarão na quarta-feira o comunicado do banco central dos EUA e a sessão subsequente de perguntas e respostas do presidente Jerome Powell em busca de sinalizações sobre o cronograma de alta dos juros para o combate da inflação.
As tensões geopolíticas também estão contribuindo para a incerteza do mercado, conforme a Otan e os EUA colocaram tropas em alerta em resposta ao acúmulo de forças russas ao longo da fronteira com a Ucrânia.
Essas tensões provocaram um aumento nos preços do petróleo bruto devido a preocupações com o aperto da oferta, que por sua vez deu às empresas de energia um sólido impulso.
Energia foi o principal ganhador entre os 11 principais setores do S&P 500, com as ações de tecnologia sofrendo o maior declínio percentual.