Mercados

Wall Street salta com primeiro corte nos juros dos EUA em mais de 4 anos; S&P 500 e Dow Jones fecham no maior nível da história

19 set 2024, 17:10 - atualizado em 19 set 2024, 17:10
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Wall Street operou em forte alta desde a abertura da sessão com os investidores reagindo à decisão do Fed e dados de emprego, que reforçaram a perspectiva de 'soft landing' da economia norte-americana (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson/File Photo)

Wall Street voltou aos dias de glória nesta quinta-feira (19). Os índices operaram em forte alta desde a abertura das negociações e renovaram os recordes históricos intradia, com os investidores reagindo ao início do ciclo de cortes nos juros dos Estados Unidos.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,70%, aos 5.713,64 pontos;
  • Dow Jones: +1,26%, aos 42.025,19 pontos;
  • Nasdaq: +2,51%, aos 18.013,98 pontos.

Durante o pregão o índice e Dow Jones renovou o recorde histórico intradia, aos 42 mil pontos. Já o S&P 500 fechou no maior nível, superando os 5.700 pontos.

O que movimentou Wall Street hoje?

Ontem (18), o Federal Reserve, o banco central norte-americano,  cortou os juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), levando a taxa ao intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.

Essa foi a primeira redução desde março de 2020 e marca o início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. As taxas permaneciam inalteradas desde julho de 2023.

Junto com o comunicado da decisão, o BC dos Estados Unidos divulgou o gráfico de pontos (“dot plot“), atualizado trimestralmente. Nele, nove diretores veem taxa de juros em 4,40% ao final de 2024 – o que abre uma janela para dois cortes de 0,25 pontos-base nas próximas reuniões do Fomc.

Ou seja, o Fed deve trazer a taxa de juros (Fed Funds) ao intervalo de 4,25% a 4,50% até o final do ano, mais do que previram em junho, à medida que a inflação se aproxima da meta de 2% e o desemprego aumenta.

Além disso, o mercado reagiu a novos dados do mercado de trabalho.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, sugerindo que o crescimento do emprego acelerou em setembro.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 12.000 na semana passada, para 219.000 em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 14 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (19). Economistas consultados pela Reuters previam 230.000 pedidos para a última semana.

O dado consolida a perspectiva de “pouso suave” da economia norte-americana, ou seja, o ajuste da inflação à meta com a movimentação dos juros sem que a economia entre em recessão.

As ações de tecnologia também operaram em forte alta, já que o corte nos juros tende a estimular os investidores a retornarem ao risco. Nvidia (NVDA), por exemplo, saltou mais de 4%. 

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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