Mercados

Wall Street engole PIB e Ibovespa despenca 1%

01 set 2022, 12:04 - atualizado em 01 set 2022, 12:04
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Ibovespa tem mais um dia difícil influenciado pela queda em Wall Street (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa cai forte na sessão desta quinta-feira após abrir em alta com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado.

Por volta das 11h49, o índice recuava 1,05%, a 108.372.83 pontos.

Em Wall Street:

  • S&P 500 exibia queda de 1,23%;
  • Nasdaq tinha queda de 1,86%;

Wall Street olha com cautela para mais um dado do Departamento de Trabalho dos EUA, que mostra queda de 5 mil pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana encerrada em 27 de agosto, para 232 mil, em número ajustado sazonalmente. As demissões também fecharam o mês em declínio.

Os dados do governo são consistentes com a forte demanda por trabalhadores e condições apertadas do mercado de trabalho e não dão sinais de demissões generalizadas, mesmo que o Fed já tenha começado a puxar o freio de mão da economia.

O mercado de trabalho é o grande foco da semana para as Bolsas, que aguardam a divulgação do payroll amanhã.

Aqui no Brasil, houve a divulgação do PIB, com avanço de 1,2% no segundo trimestre de 2022 na comparação com os primeiros três meses do ano.

O resultado é maior que a mediana projetada pelo mercado, de +0,9%.

Já em relação ao segundo trimestre de 2021, a atividade econômica nacional acumula alta de 3,2%, acelerando-se fortemente em relação à alta de 1,0% observada no primeiro trimestre deste ano na mesma base de comparação.

Para Laiz Carvalho, economista do BNP Baribas, a abertura do PIB foi muito positiva.

“Acho que o grande destaque pelo lado da oferta é o setor de serviços… e, olhando dentro do setor de serviços, principalmente a parte de transportes, a parte de comunicação e também a parte de comércio”, destaca.

Apesar disso, as expectativas dos economistas para o segundo semestre são de uma desaceleração na atividade econômica.

“O resultado é bom, mas não vamos revisar ainda o PIB deste ano”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton. “Projetamos 2%, uma vez que olharemos em detalhe outros componentes como o setor externo que recuou com a alta expressiva de importações e queda nas exportações.”

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