Wall Street enfrenta difícil transição em volta a escritórios
O retorno de Wall Street aos escritórios tem sido acompanhado de confusão, ansiedade e até cachorros.
Líderes de bancos enfrentam uma transição complexa para funcionários cansados que, em muitos casos, estão distantes de suas mesas há 18 meses. Para o exigente setor financeiro, é um ato de equilíbrio para restaurar a normalidade e, ao mesmo tempo, voltar à vida corporativa em um momento em que a Covid-19 ainda está em alta.
Funcionários do Citigroup em Londres foram recebidos por cães de terapia ao retornarem este mês. O JPMorgan Chase está oferecendo terapia em grupo virtual para funcionários com dificuldades, incluindo reuniões especiais para quem tem filhos.
Em um sinal do potencial para confusão, a unidade do Mizuho Financial nos Estados Unidos convocou a equipe de volta ao escritório e emitiu um memorando um dia depois, esclarecendo as opções de trabalho flexível.
“É permitido o aperto de mãos? Podemos abraçar colegas que não víamos desde 2020?”, perguntou a diretora-presidente do Citigroup, Jane Fraser, em um post no LinkedIn na semana passada. “Embora cada país esteja em um estágio diferente no combate à pandemia, sei que todos temos muitas perguntas quando é nossa vez de voltar ao escritório.”
Bancos de Wall Street estão na vanguarda do esforço para reocupar os arranha-céus dos EUA com trabalhadores, mesmo com a variante delta atrasando muitos planos para um retorno completo após o feriado do Labor Day nos EUA.
A frequência nos escritórios tem aumentado gradualmente enquanto o coronavírus ainda circula, pais precisam lidar com a reabertura complicada de escolas e crianças não vacinadas, e empresas enfrentam políticas em constante mudança sobre máscaras e vacinas.
Para executivos do setor financeiro, é importante adotar a abordagem certa. O segmento não está imune aos altos níveis de rotatividade que afetam grande parte dos EUA, enquanto queixas de banqueiros iniciantes levaram gerentes a distribuírem aumentos de salário na tentativa de reter talentos mais jovens.
Enquanto empresas como BlackRock, Facebook e Microsoft adiaram planos de retorno aos escritórios, Goldman Sachs e JPMorgan trouxeram de volta a maioria dos funcionários em meados do ano. Citigroup e Bank of America incentivaram mais empregados a retornarem este mês.
Cerca de 28% dos funcionários de escritórios da área de Nova York haviam retornado aos edifícios até 15 de setembro, de acordo com a empresa de segurança Kastle Systems, que rastreia o nível de ocupação com base nos dados de entrada com crachás. O número supera os 19% na semana anterior e é o maior desde o início dos lockdowns em março de 2020.