Mercados

Wall Street dispara com pausa das tarifas de Trump por 90 dias; Nasdaq salta mais de 8%

09 abr 2025, 14:42 - atualizado em 09 abr 2025, 18:11
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Wall Street dispara após Trump anunciar pausa de 90 dias nas tarifas e aumento da taxa sobre a Chia; Ibovespa dispara 3% (Imagem: EUTERS/Lucas Jackson/File Photo)

Depois de quatro dias consecutivos de perdas e uma forte volatilidade nos mercados pela manhã desta quarta-feira (9), Wall Street firma alta com a disparada dos índices.

Por volta de 14h30 (horário do Brasília), o índice S&P 500 registrava alta de mais de 6%; Dow Jones recuperou mais de 2,1 mil pontos com avanço de 5% e Nasdaq saltava cerca de 8%. Confira o fechamento de NY. 

O ‘fôlego’ é retomado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma pausa temporária nas tarifas de importação impostas a, pelo menos, 75 dos países listados no ‘plano tarifário’ de 180 países. Na rede social Truth, o chefe da Casa Branca anunciou a suspensão das taxas adicionais por 90 dias. As taxas recíprocas para os países “selecionados” também foram reduzidas a 10% durante o período.

As medidas, segundo Trump, tem efeito imediato.

 

O recuo de Trump acontece no mesmo dia em queda as tarifas recíprocas entraram em vigor, direcionadas a países em queda os EUA têm déficits comerciais.

Na semana passada, o presidente norte-americano anunciou o ‘plano tarifário’ sobre produtos de mais de 180 países. Além das taxas recíprocas, iniciadas (hoje), a medida prévia uma taxa universal de 10% sobre todas as importações no território norte-americano, que tinha começado a valer no último sábado (5).

Na ocasião, a Casa Branca informou que China (com taxa de 34%), Vietnã (46%), União Europeia (20%) e Taiwan (32%) seriam os mais impactados. A América Latina, com exceção do México, ficou sujeita à alíquota-base, de 10% — já que nesses países, os EUA têm superávits comerciais.

Mais aumento para a China

Apesar da pausa temporária para as tarifas adicionais e a redução das taxas recíprocas, Trump elevou as tarifas contra os produtos chineses pelo segundo dia consecutivo. A partir de agora, as mercadorias e bens da China estarão sujeitos a uma taxa de 125% ao chegar em solo norte-americano. 

Relembrando: a disputa tarifária entre os EUA e a China começou na última sexta-feira (4), após a segunda maior economia do mundo anunciar uma contratarifa de 34% sobre os produtos norte-americanos. Desde então, as duas maiores economias do mundo seguem elevando as taxas de importações dos produtos, sem negociações.

Ontem (8), a Casa Branca já tinha elevado a tarifa recíproca de 34% para 50% sobre os produtos chineses — e, no acumulado, as taxas somavam 104%. Já nesta quarta-feira (9), a China impôs elevou as taxas retaliatórias para produtos norte-americanos para 84%. 

Reação no Brasil

Com o anúncio da suspensão das tarifas, o principal índice da bolsa brasileira também firmou alta e renovou máxima intradia, acompanhando a disparada dos índices de Wall Street.

Por volta de 15h (horário de Brasília), Ibovespa (IBOV) operava com avanço de 3,57%, aos 128.353,78 pontos. O índice acumula ganhos de quase 5 mil pontos na sessão.

 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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