Wall Street cai mais de 1% pressionado por retaliações às tarifas de Trump

Os índices de WallStreet iniciaram o pregão desta terça-feira (4) em queda, enquanto as tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguem nos holofotes do mercado. Os índices estendem as perdas da véspera — quando o S&P 500 registrou a maior perda diária desde dezembro ao cair 1,80%.
Por volta de 13h20, os índices de Nova York operam em:
- Dow Jones: -1,70%, aos 42.457,67pontos;
- S&P 500: -1,88%, aos 5.739,97 pontos;
- Nasdaq: -1,71%, aos 18.0,37,19 pontos.
Vale lembrar que a bolsa brasileira permanece fechada nesta terça-feira (4) por conta do feriado de Carnaval. As atividades serão retomadas amanhã (5), às 13h (horário de Brasília), em razão da Quarta-Feira de Cinzas.
O que mexe com Wall Street hoje?
Os investidores seguem precificando a guerra comercial dos Estados Unidos contra Canadá, México e China. A partir desta terça-feira (4), a taxação de 25% entrou em vigor, após um mês do anúncio oficial da Casa Branca.
Hoje (4) pela manhã, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou que uma retaliação às taxas impostas por Trump será anunciada no próximo domingo (9) em praça pública, às 15h (horário de Brasília). “Responderemos com medidas tarifárias e não tarifárias”, disse a presidente em coletiva de imprensa.
- VEJA MAIS: Os balanços das maiores empresas estão saindo! Veja o que pode mexer com suas finanças e como se posicionar
O Canadá também se manifestou sobre as tarifas. O rimeiro-ministro, Justin Trudeau, anunciou uma taxa de 25% no início da tarde.
A China já suspendeu licenças de importação de soja de três empresas norte-americanas — a cooperativa de agricultores CHS Inc, a exportadora global de grãos Louis Dreyfus Company Grains Merchandising LLC e a operadora de terminais de exportação de grãos EGT — e interrompeu as importações de madeira serrada dos Estados Unidos, intensificando a retaliação às tarifas adicionais sobre produtos chineses.
Cerca de metade das exportações de soja dos EUA é enviada para a China, totalizando quase US$12,8 bilhões em comércio em 2024, de acordo com o US Census Bureau.
O gigante asiático também é um dos maiores importadores de produtos de madeira do mundo e o terceiro maior destino da madeira serrada norte-americana. O país importou cerca de US$850 milhões em produtos madeireiros dos EUA em 2024, ainda segundo dados da alfândega chinesa.