Mercados

Wall Street abre em queda, com rali de títulos dos EUA chegando a ‘ponto insustentável’

23 set 2022, 11:32 - atualizado em 23 set 2022, 11:32
Bolsa Nova York
Bolsas de NY op(Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Os índices acionários de Nova York abriram o pregão da sexta-feira (23) em queda, pressionados pelo comportamento dos títulos soberanos dos Estados Unidos.

A mensagem de aperto monetário agressivo (“hawkish”) emitida pelo Federal Reserve se traduz em forte avanço no rendimento (yields) das Treasuries americanas, disparando uma forte onda de aversão ao risco.

Por volta das 10h38, o Dow Jones operava em queda de 1,19%, o S&P 500 caia 1,41% e o Nasdaq perdia 1,35%.

O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR cai mais de 4,00%, refletindo desempenho fortemente negativo de ações de commodities na B3. Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) despontam entre as principais quedas.

Yields das Treasuries disparam e prejudicam ações

Os rendimentos dos títulos da pública dos EUA avançam ao longo de toda a curva, com investidores sensíveis a maiores taxas de juros e piores expectativas sobre as economias desenvolvidas no médio e longo prazos.

Nos EUA, o Fed elevou para 3,00-3,25% a taxa de juros em um processo de aperto monetário que deverá durar até o fim de 2023. O aperto monetário segue também fazendo presença em demais localidades, como na Suíça, onde o BC extinguiu a histórica taxa negativa.

Segundo análise da Markus Allenspach, chefe de renda fixa da Julius Baer, a liquidação (sell off) contínua dos títulos, gerando o disparo dos rendimentos, está chegando a um ponto insustentável.

Nesta manhã, as T-bills de 2 anos tiveram rendimentos (yields) acima de 4,173%, de 4,127% na véspera. Após o avanço notável de 2 pontos-base na quinta-feira, as T-notes de 10 anos rendem agora 3,720%, de 3,715%.

O patamar atual das Treasuries confere mais atratividade ao mercado de renda fixa, provando uma debandada entre as ações. Esse é um filme conhecido para o investidor brasileiro, mas completamente desconfortável para quem experimentou não mais do que seis mercados de urso nos últimos 40 anos.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.

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