Wall Street abre corrigindo ganhos de olho em dados de emprego; pesquisa com CEOs mostra cenário sombrio

Os índices acionários de Nova York abriram o pregão desta quarta-feira (5) mostrando um movimento de correção, após o melhor início para um trimestre desde 1938.

Por volta das 11h, o Dow Jones caía 0,93%, o S&P 500 caía 1,01% e o Nasdaq perdia 1,29%. O índice das ADRs brasileiras desenvolvido pelo Dow Jones mostra queda de 0,38%

Mais de 50% dos CEOs dos EUA consideram cortar empregos nos próximos seis meses

Apesar do começo forte, o último trimestre de 2022 deve testemunhar uma intensificação da turbulência econômica, com consequências para o mercado de trabalho. Segundo a KPMG, uma das maiores empresas em prestação de serviços, 9 em 10 (91%) CEOs nos EUA acreditam que uma recessão é inevitável no próximo ano.

Globalmente, essa fatia é de 86%. Já apenas nos EUA, a KPMG aponta também que mais da metade dos CEOs considera reduzir a força de trabalho de suas empresas para conter custos nos próximos seis meses.

Emprego e o Fed

A pesquisa da KPMG vem na esteira de dados do mercado de trabalho. Segundo o órgão, entre julho e agosto, houve uma diminuição de 1,1 milhão na abertura de novos empregos. É o nível mais baixo registrado em quase um ano.

Diante disso, as apostas de que o próximo aperto por parte do Federal Reserve, em novembro, será menor, vêm ganhando força. Os dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos que estão sendo conhecidos nesta semana tendem a calibrar esse movimento. Ontem, o relatório JOLTS embalou Wall Street.

Hoje, o foco está na pesquisa ADP sobre a criação de vagas no setor privado. Ambas as divulgações tendem a antecipar os números do relatório oficial de emprego nos EUA, o chamado payroll, na sexta-feira.

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