Mercados

Wall Street deixa tom negativo e fecha em forte alta após Fed manter juros inalterados

19 mar 2025, 17:07 - atualizado em 19 mar 2025, 17:10
wall street Nasdaq S&P 500 Dow Jones EUA Estados Unidos
Wall Street sobe com decisão do Fed em linha com as expectativas; O BC dos EUA também manteve a projeção de dois cortes nos juros em 2025 (Imagem: 400tmax/Getty Images Signature)

O dia mais esperado do mês chegou e injetou ânimo nos índices de Wall Street, que encerraram a sessão em forte alta nesta quarta-feira (19). O movimento positivo foi impulsionado pela decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de manter os juros inalterados e a expectativa de dois cortes até o final do ano.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: +0,92%, aos 41.964,63 pontos;
  • S&P 500: +1,08%, aos 5.675,29 pontos;
  • Nasdaq: +1,41%, aos 17.750,79 pontos.

O que movimentou Wall Street hoje?

As bolsas de Nova York iniciaram o dia com uma leve alta e aceleraram após o Federal Reserve não trazer surpresas ao mercado.

O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve as taxas inalteradas, no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. Também manteve a projeção de dois cortes, de 25 pontos-base, nos juros em 2025 no gráfico de pontos (dot plot)— enquanto o mercado esperava uma revisão para apenas um corte.

O Fed, porém, elevou as projeções para inflação para 2025 e 2026. A autoridade monetária norte-americana também projeta um Produto Interno Bruto (PIB) mais fraco e desemprego maior.

Durante a coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse a incerteza no momento está “excepcionalmente elevada”. Mas, para ele, esse cenário-base é que esse momento é “transitório” e as expectativas de longo prazo estão “bem ancoradas”.

O chefe do BC ainda afirmou que as tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump são o fator determinando na piora das expectativas para a inflação. Vale lembrar que as taxas recíprocas e as alíquotas adicionais para produtos canadenses e mexicanos entram em vigor a partir de 2 de abril.

Após a decisão, os agentes financeiros mantiveram as apostas de redução de 50 pontos-base nos juros até o final do ano como aposta principal, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. O mês de junho também seguiu como o mais provável para a retomada do ciclo de afrouxamento monetário.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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