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NY dita queda de mais de 2% e Ibovespa fecha na mínima em 2 meses; GPA sobe 15%

10 set 2020, 17:08 - atualizado em 10 set 2020, 18:27
Mercados - Ibovespa
O volume financeiro somava 25 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira, alinhado à trajetória negativa em Nova York após uma trégua na véspera, com as ações da Petrobras (PETR4) entre as maiores pressões de baixa na esteira do recuo do petróleo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,49%, a 98.768,55 pontos, de acordo com dados preliminares.

Durante a sessão, avançou a 101.536,48 pontos na máxima e recuou a 98.686,55 pontos no pior momento.

O volume financeiro somava 25 bilhões de reais.

GPA ON destoou do viés negativo e disparou cerca de 15% após anunciar na véspera estudos para a cisão de seu braço de atacarejo Assaí e posterior listagem na B3 e em Nova York.

As bolsas de Wall Street abriram em alta, mas mudaram de sinal com ações de tecnologia perdendo o fôlego mostrado na quarta-feira, enquanto dados de auxílio-desemprego nos EUA sublinharam as dificuldades da recuperação da economia do país.

O S&P 500 (SPX) perdeu 1,76%, também pressionado pela queda de ações de energia com o recuo do petróleo.

Em comentário a clientes, o Goldman Sachs observou que a confiança na recuperação do crescimento global depende de pelo menos duas coisas: vacina e estímulos econômicos.

“Até o momento, os mercados e as economias receberam muitos estímulos, mas nenhuma vacina – embora o progresso em direção à aprovação de uma vacina pela FDA continue”, destacou, referindo-se à agência dos EUA para controle de alimentos e medicamentos.

No Brasil, nem as vendas no comércio acima do esperado em julho conseguiram sustentar a alta das ações de varejo, tampouco a queda nos pedidos de seguro-desemprego para 463.835 em agosto.

Na visão da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, os dados de atividade de junho e julho mostraram rápida recuperação da economia brasileira, com o desempenho de indústria e comércio confirmando a retomada em V.

De acordo com o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, o Ibovespa retornou para a base inferior da congestão entre 99 mil e 103 mil pontos. “Enquanto não romper um desses extremos o índice ficará travado no curtíssimo prazo”, estimou.

Destaques

Petrobras (PETR3)  e Petrobras (PETR4)  recuaram 3,78% e 2,68%, respectivamente, em meio à queda dos preços do petróleo no exterior.

O Brent fechou em baixa de 1,79%. A companhia também anunciou redução dos preços médios do diesel em suas refinarias em 7% a partir de sexta-feira, e de 5% para a gasolina.

VALE (VALE3) caiu 2,45%, com os papéis de mineração e siderurgia como um todo em baixa, acompanhando o movimento de seus pares na Europa.

Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em baixa de 2,13%, com o setor de bancos sucumbindo à piora generalizada no mercado.

Bradesco (BBDC4)  recuou 3,29%.

Localiza (RENT3)  perdeu 5,38%, em sessão negativa para o setor de aluguel de veículos e gestão de frota.

Movida (MOVI3)e Unidas (LCAM3) , que não estão no Ibovespa, recuaram 3,23% e 3,77%, respectivamente.

Gpa (PCAR3) disparou 14,8% após anunciar na véspera estudos para a cisão de seu braço de atacarejo Assaí e posterior listagem na B3 e em Nova York.

Para a Guide Investimento, a operação permitirá que as companhias sigam estratégia independente de crescimento, com bancos conseguindo analisar o risco de crédito de cada negócio de forma separada.

Gol (GOLL4) subiu 2,07%, em meio a dados sobre liquidez e receitas, incluindo que fechou agosto com cerca de 2,1 bilhões de reais em liquidez total e que o consumo líquido de caixa diário em agosto recuou 91% ante julho, a 6 milhões de reais.

Na visão do Bradesco BBI, a Gol está no caminho de emergir da crise desencadeada pelo Covid-19.

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