Voos de teste de Max da Boeing ainda sem data na Europa
As restrições de viagens provocadas pela pandemia de Covid-19 continuam a atrasar o processo de recertificação do 737 Max da Boeing na Europa.
Já nos Estados Unidos, reguladores do setor de aviação deram mais um passo para permitir que o jato aterrado voe novamente.
A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês) disse que ainda trabalha com a Boeing e com a Administração Federal da Aviação (FAA) dos EUA para encontrar uma solução que lhe permita realizar seus próprios voos de teste para o jato. Nenhum dos voos, um pré-requisito para o retorno do 737 Max na Europa, foi programado.
“Houve um bom avanço, mas a Boeing ainda precisa concluir” algumas coisas, afirmou a EASA por e-mail, sem dar mais detalhes.
“À luz dessa posição, e em linha com a FAA, ainda não podemos prever um cronograma firme para o retorno ao serviço e fim do aterramento da aeronave na Europa.”
Comentário público
Na segunda-feira, a FAA pediu comentários públicos sobre as mudanças propostas que serão necessárias para a recertificação do 737 Max, que foi aterrado após dois acidentes que mataram 341 pessoas. A Boeing disse que espera retomar as entregas do avião de corpo estreito neste ano.
A medida da FAA mostra que, após 16 meses e inúmeras investigações e audiências no Congresso, reguladores da aviação estão convencidos de que as correções permitirão que o avião retome o serviço com segurança. Os testes de voo dos sistemas reprojetados pela FAA foram concluídos em 2 de julho.
Além das alterações específicas ao sistema implicadas nos acidentes, a proposta da FAA exigiria amplas alterações no computador para melhorar a confiabilidade, adicionar uma luz de aviso que não estava ativada nos dois acidentes e exigir o redirecionamento de fios elétricos que não atendem às regras de segurança.
“A EASA tem trabalhado em estreita colaboração com a FAA e com a Boeing, com o objetivo comum de retomar o serviço do 737 Max o mais rápido possível, mas apenas quando estivermos convencidos de que é seguro”, afirmou a agência europeia.