Voo de galinha do açúcar será mais curto e pressão voltará forte, diz Safras
A baixa pesada na produção de açúcar no Centro-Sul brasileiro na primeira quinzena de outubro, acima de 56%, balançou um pouco Nova York, mas os próximos dias deverão confirmar que a alta desta terça (26) pode ter sido voo de galinha.
Os recuos constantes, em safra que chega ao fim antecipadamente, ante quebra expressiva, já estavam nas cotações. Alguns ditam a produção entre 80 a 85 milhões de toneladas a menos de cana, o prejudicou todas a produção derivada.
E apesar de o mercado testar os números que a Unica divulgou mais cedo, com o março subindo ao redor de 1,255 (19,66 c/lp), o analista da Safras & Mercado, Maurício Muruci, enxergou como “precificação sobre notícia velha”.
Na sequência, com a safra asiática – Índia e Tailândia, especialmente – entregando cada vez mais açúcar, e as chuvas se avolumando sobre a principal região produtora brasileira daqui para frente, Muruci acredita que os recuos deverão ser mais regulares.
Só a Índia vai entregar 36 milhões de toneladas de adoçante no mercado interno e externo.
Certamente, como sempre de ocorrido nas últimas semanas, há as oscilações coladas ao petróleo, ou associadas aos humores dos mercados financeiros, porém deverão ser pontuais, mas a linha é de pressão, mesmo que o adoçante não sofra queda significativa.