Volume fixado de exportações da soja futura está 10% menor que nos outros anos
Os exportadores brasileiros de soja não estão com pressa de fixar contratos para a próxima safra. Neste final de junho, há um atraso de 10% daquilo que historicamente estaria negociado.
De 35% vendido na mesma época em 2020, hoje está em 25%, segundo o analista Vlamir Brandalizze.
Em proporção, por exemplo, às cerca de 86 milhões de toneladas que o USDA estima que serão exportadas pelo Brasil. A projeção da safra é de 144 milhões de toneladas.
A razão desse “delay” não está tanto nos preços para entrega futura, que ele observa entre R$ 148 e R$ 150 a saca.
“A relação de troca para o produtor esteve vantajosa, que precisou de menos soja para comprar insumos”, explica Brandalizze, que, já em abril, também visualizava menor volume negociado antecipadamente também.
Se o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirmar nesta quarta (30) que a área para a soja americana ficará em 35,4 milhões de hectares, 1,8 milhão acima do ciclo anterior, já está precificada pelo mercado e não influenciará nos preços, acredita a Brandalizze Consulting.
Há dúvidas sobre a qualidade e volume final em razão do clima.
De todo modo, o mercado está cauteloso nesta manhã. Os vencimentos em Chicago estão com perdas de 1,50 a 4,5 pontos, de US$13,58 a US$ 13,35 no julho e agosto, após as altas modestas da véspera.