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Volume de CBios negociados dispara na 2ª quinzena de janeiro, preço sobe, diz Itaú BBA

03 fev 2023, 16:18 - atualizado em 03 fev 2023, 16:18
Cana de Açúcar
Segundo o Itaú BBA, os preços médios das negociações fecharam a segunda quinzena de janeiro em 93,03 reais/CBio (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

O mercado de créditos de descarbonização (CBios) registrou aumento de preços na segunda quinzena de janeiro, apesar de uma maior disponibilidade de títulos emitidos pelos produtores de biocombustíveis, com um salto nas negociações junto às distribuidoras de combustíveis, apontou nesta sexta-feira análise do Itaú BBA.

O volume negociado de CBios na segunda metade de janeiro foi de 4,5 milhões de títulos, montante 136,4% maior frente à quinzena anterior e 44% acima do mesmo período de 2022, segundo relatório do banco de investimento.

Os preços dos CBios influenciados pelo interesse de compras de distribuidoras de combustíveis, que têm metas compulsórias a cumprir também fecharam o mês em alta, disse o banco, sem detalhar as razões.

Segundo o Itaú BBA, os preços médios das negociações fecharam a segunda quinzena de janeiro em 93,03 reais/CBio, 5,6% acima da média de preço de 2023.

Ainda que esteja abaixo do pico de mais de 200 reais registrado em meados do ano passado, o preço médio de janeiro de 88,07 reais é o dobro do visto na mesma época de 2022.

Se os valores de CBios podem afetar margens de distribuidoras, de outro lado reforçam a receita dos emissores, como usinas de etanol e biodiesel.

De acordo com o dados da B3 citados pelo banco, a emissão de CBios no mês passado foi de 3,1 milhões de títulos, 40,1% acima do total emitido em janeiro de 2022.

O volume de CBios emitidos em 2022 somado com as emissões de janeiro é de 34,3 milhões de títulos.

Com a postergação do prazo para cumprimento da meta de 2022 pelas distribuidoras, decisão tomada pelo governo em meio à disparada dos preços dos CBios no ano passado, deverá haver “interpolação” do período de negociações e aposentadorias das metas de 2022 e 2023, lembrou o Itaú BBA.

“Considerando que até o final de 2022 foram aposentados 16,7 milhões de títulos, é provável que parte das distribuidoras tenha cumprido a meta individual de 2022 e parte delas não. Neste sentido, não é possível determinar para quais metas (2022 ou 2023) os títulos estão sendo negociados ou aposentados”, completou a análise.

Antes, as metas compulsórias para as distribuidoras em 2022 eram de 35,9 milhões de CBios. Com a mudança no prazo, as distribuidora agora têm até setembro deste ano para atingir seus objetivos obrigatórios.

Já as metas compulsórias para 2023 para as distribuidoras envolvem 37,5 milhões de CBios.

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