Ambev

Volta dos happy hours pode brindar retorno da Ambev ao crescimento

21 fev 2018, 12:08 - atualizado em 21 fev 2018, 12:54
Credit Suisse tem aposta “acima da média” para as ações da Ambev na Bolsa

Na retomada da economia brasileira, o consumo de cerveja pode surpreender e brindar as perspectivas para a Ambev (ABEV3). Os analistas do Credit Suisse acreditam que, se o volume vendido recuperar o nível pré-crise, a empresa apresentará taxa composta de crescimento anual do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 16,5% (ante 13% previstos atualmente).

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A equipe do banco suíço composta por Antonio Gonzalez, Mariana Hernandes e Manuel Melo y Ramirez espera gradual recuperação dos volumes de cerveja da Ambev e prevê para 2021 a volta ao patamar de 2012. Somente no quarto trimestre de 2017, eles projetam alta de 3,5% na comparação com o ano anterior após declínio acumulado de 1% em nove meses.

O que ocorre, segundo estudo dos analistas, é que embora a massa salarial tenha melhorado, o percentual da renda do consumidor destinado ao consumo de cerveja não mudou. Como o preço aumentou, puxado por alta de tributos, o volume vendido contraiu.

Daí o potencial de expansão: “em nossa visão, além das variações de preços relativos, não houve mudança estrutural nas preferências dos consumidores (como uma mudança potencial para outras bebidas, ou uma redução na ingestão de álcool), mas a renda das famílias não foi reposta suficientemente para compensar os preços mais altos da cerveja no varejo”.

O Credit Suisse tem recomendação “outperform” (expectativa de desempenho acima da média do mercado) para a ação da Ambev, estimando preço-alvo de R$ 23.50. Nesta quarta-feira (21) na B3, o papel da Ambev recuava 0,09% a R$ 22,69, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,63%, aos 86.345 pontos.

A Ambev apresenta seus números referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2017 em 1 de março.