Carros

Volta do DPVAT: Lula aprova cobrança, mas com veto; entenda como vai ficar para o motorista

17 maio 2024, 12:35 - atualizado em 17 maio 2024, 12:35
dpvat
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona PL que recria DPVAT, mas com veto (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei complementar que recria o Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, mais conhecido como DPVAT, extinto durante o governo de Jair Bolsonaro.

O seguro passará a se chamar SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito) e vai indenizar em caso de morte, invalidez permanente, total ou parcial e reembolso de despesas com assistência médica, serviço funerário e reabilitação de vítimas.

O valor anual do imposto ainda não foi definido, no entanto, a estimativa é que fique entre R$ 50 e R$ 60.

Por outro lado, a sanção veio acompanhada de veto em dois artigos que definiam como infração grave o não pagamento no prazo estipulado, com uma multa de R$ 195,23. Lula justificou que o veto se deve a contrariedade ao interesse público, ao acarretar ônus excessivo pelo não pagamento.

“Ressalte-se que o Projeto de Lei Complementar já prevê a obrigatoriedade de quitação do prêmio do SPVAT para fins de licenciamento anual, de transferência de propriedade e de baixa de registro de veículos automotores de vias terrestres”, diz.

O veto de Lula será votado pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta de deputados e senadores. Se for derrubado, a penalidade será inserida na lei.

Entenda a volta do DPVAT

O DPVAT foi criado em 1974 e o seu objetivo era indenizar vítimas de acidentes de trânsito, sejam elas motoristas, passageiros e pedestres, ou seus beneficiários em caso de morte. Ele deveria ser pago obrigatoriamente junto com o Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) por todos os proprietários de veículos.

Com a nova regulamentação sancionada pelo presidente, será possível voltar a cobrar o seguro de proprietários de carros e motos.

Caixa Econômica Federal cuidará da gestão do fundo e pagará as indenizações. Desde 2021, o banco já opera de forma emergencial o seguro após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administrava o antigo DPVAT.

Segundo o governo, a volta da cobrança é necessária porque os recursos do antigo DPVAT disponíveis não são capazes de suportar mais um ano.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar