Alberto Fernández

Volta da oposição ao poder na Argentina é “tragédia final”, diz Guedes

23 set 2019, 21:45 - atualizado em 23 set 2019, 21:46
Guedes ponderou que não pode interferir nos assuntos internos argentinos e, por se tratar de um país vizinho, membro do Mercosul, precisa “dizer que tamo junto” (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que o governo argentino hesitou em tomar as medidas necessárias para ajustar a economia e deu, assim, “chance para voltar (ao poder) justamente quem quebrou o país antes”.

“Não queremos cair no problema que a Argentina caiu de hesitar no primeiro ano, hesitar no terceiro e no final tá tudo degringolando. E aí, a tragédia final, volta os que quebraram. A turma que quebra volta para acabar de quebrar”, afirmou Guedes ao discursar em fórum do Instituto Formação de Líderes em Belo Horizonte.

O candidato de oposição de centro-esquerda à Presidência da Argentina, Alberto Fernández, derrotou o presidente Maurício Macri nas eleições primárias do país e a expectativa é que saia vitorioso nas eleições gerais de outubro. Ele tem como vice em sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.

Guedes ponderou que não pode inteferir nos assuntos internos argentinos e, por se tratar de um país vizinho, membro do Mercosul, precisa “dizer que tamo junto”.

“Mas a grande verdade é que, se ninguém fizer o ajuste, perde o espaço e dá a chance para voltar justamente quem quebrou o país antes”, disse Guedes. “O que não é problema nosso, é problema deles”, acrescentou.

Segundo Guedes, ao contrário do que ocorreu na Argentina, o governo Jair Bolsonaro está tendo um primeiro ano de sacrifício. “É um ano de plantar”, afirmou. A expectativa é que no ano que vem a economia esteja se movendo bem melhor e que decole em 2021, chegando a 2022 “em velocidade de cruzeiro”, disse o ministro.

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