Volta da crise? Fundo imobiliário da XP pede despejo de varejista por atraso de aluguel; Ifix na máxima histórica
O índice de fundos imobiliários (Ifix) opera em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira (08), renovando máximas históricas no movimento intradiário.
Com isso, por volta das 12h35 (de Brasília), o Ifix tinha leve alta de 0,04%, aos 3.341 pontos.
Contudo, mais cedo, o índice chegou a 3.346 pontos, em seu maior patamar, renovando o pico de 3.341 pontos, alcançado durante o pregão de 22 de janeiro.
Entre os mais de 100 FIIs listados, o XP Properties (XPPR11) liderava as altas com folga ao disparar 19%. O fundo divulgou ontem o seu relatório gerencial de janeiro.
O analista da Empiricus Research, Pedro Niklaus, explica que o XPPR11 passa por um processo concorrencial para a venda parcial ou integral de ativos para honrar o seu passivo financeiro. Segundo ele, provavelmente, esse processo resultará em amortização de parte das cotas.
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“No relatório gerencial, a gestão do FII sinaliza que deve receber propostas pelos imóveis até o fim da próxima semana. Daí, avaliará a possibilidade de convocar uma assembleia para deliberar sobre os valores ofertados, com perspectivas de trazer algo mais concreto ainda no primeiro semestre”, comenta.
Niklaus destaca que a possibilidade de amortização parcial das cotas nos próximos meses chama a atenção do mercado, tendo em vista que o XPPR11 é negociado com 67% de desconto em relação ao seu valor patrimonial.
“Ou seja, o potencial valor a ser recebido pela venda dos ativos está acima do valor de mercado do fundo atualmente. Tem um ganho legal a ser realizado se tais vendas forem concretizadas”, acrescenta.
Em contrapartida, o Devant Recebíveis (DEVA11) registrava a maior queda, de 4,1%, em correção ao avanço de 9,47% na véspera.
Ontem, o DEVA11 divulgou a distribuição de rendimentos deste mês. Sendo assim, os cotistas posicionados na véspera receberão dividendo de R$ 0,62 por cota em 16 de fevereiro. O montante é 47,6% acima em relação ao pago no mês passado, de R$ 0,42.
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Fundo imobiliário da XP pede despejo da Polishop
O fundo imobiliário XP Industrial (XPIN11) informou ao mercado que a Polishop está inadimplente com aluguéis.
Em comunicado, o fundo diz que a empresa de varejo está com “uma série” de aluguéis atrasados. A Polishop ocupa seis módulos de três galpões no empreendimento GLP Jundiaí I, no interior de São Paulo. O contrato de locação foi firmado em fevereiro de 2016.
Segundo o XPIN11, foram realizadas várias tentativas de comunicação e acordos na esfera extrajudicial. “Não obstante as tentativas extrajudiciais de auferir o adimplemento dos valores devidos e não pagos pela Polishop, não obtivemos um retorno favorável”, explica o fundo imobiliário gerido pela XP.
Sendo assim, “após o esgotamento das tratativas extrajudiciais”, o XP Industrial relata que contratou um assessor legal a fim de obter, por vias judiciais, o pagamento dos aluguéis.
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Desta forma, no quarto trimestre de 2023, foram propostas pelo XPIN11 a ação de despejo da Polishop por falta de pagamento, bem como a ação de execução por título extrajudicial.
Segundo o fundo, o aluguel mensal pago pela companhia é equivalente a R$ 0,04 por cota. Contudo, ao fim de janeiro, a inadimplência total alcançou R$ 0,30 por cota, incluindo eventuais encargos e penalidades.
Apresentando dificuldades financeiras, a grande varejista do ramo de eletrodomésticos passou por um processo de reestruturação no ano passado e fechou mais de 100 unidades em shoppings.
Além disso, a empresa acumula dezenas de processos no Tribunal de Justiça de São Paulo por falta de pagamento de aluguéis de lojas. As dívidas eram de R$ 9 milhões, cálculos de julho de 2023.
*As cotações citadas são do site Investing.com