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Volkswagen e Bosch formarão joint venture de baterias para carros elétricos

18 jan 2022, 15:37 - atualizado em 18 jan 2022, 15:37
Volkswagen
(Imagem: Swen Pfoertner/Pool via REUTERS)

A Volkswagen e a Bosch concordaram em formar uma joint venture até o fim de 2022 para equipar fábricas de células de bateria e ajudar a tornar a Europa autossuficiente no setor.

O empreendimento fornecerá sistemas de produção de baterias e ajudará fabricantes a aumentar os locais de produção, disse a Volkswagen, acrescentando que atenderá suas próprias fábricas e outras na Europa.

As empresas não informaram quanto investirão no negócio.

A European Battery Alliance (EBA) disse que um terço das baterias globais devem ser produzidas na Europa até 2030 para reduzir a dependência de fornecedores que dominam o mercado, principalmente da Coreia do Sul e China.

A Volkswagen, que quer superar a Tesla como maior vendedora de veículos elétricos, anunciou planos para construir seis gigafábricas na Europa até o fim da década com capacidade conjunta de 240 GWh, na tentativa de controlar o máximo de a cadeia de suprimentos possível.

O presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, que entrou em conflito no fim de 2021 com o poderoso conselho de trabalhadores da empresa sobre sua estratégia de eletrificação, disse que a divisão de baterias deve gerar vendas de 20 bilhões de euros até 2030 e está sendo preparada para uma cisão.

A montadora, que em dezembro anunciou aumento dos gastos com eletrificação nos próximos cinco anos para 52 bilhões de euros, comprometeu-se a vender exclusivamente veículos elétricos na Europa a partir de 2035.

Para a Bosch, a mudança fortalecerá seu papel na transição para elétricos, que para muitos fornecedores representa uma ameaça, pois a montagem de um veículos desses requer menos etapas e menos trabalho do que um carro com motor de combustão.

O jornal alemão Handelsblatt informou em dezembro que as duas empresas também estavam se aproximando para cooperar em software automotivo, com a Volkswagen planejando investir ao menos 100 milhões de euros. As empresas se recusaram a comentar.