Volkswagen admite trote de marketing em anúncio falso sobre mudança de nome
A Volkswagen divulgou um comunicado à imprensa falso, alegando que mudaria o nome de suas operações nos Estados Unidos para “Voltswagen of America”, em uma manobra de marketing destinada a chamar a atenção para o foco da companhia em veículos elétricos, segundo a montadora alemã.
A companhia foi criticada nas redes sociais por seu comunicado falso à imprensa, com alguns comentaristas relembrando o escândalo de fraude da empresa em testes de emissões de poluentes de motores diesel ocorrido alguns anos atrás.
O comunicado à imprensa inicial, divulgado no site da companhia na terça-feira e acompanhado de tuítes, foi publicado pela Reuters e outros meios de comunicação em todo o mundo e incluiu uma descrição detalhada dos esforços da companhia para remodelar a marca e os logotipos do grupo na região. A empresa tirou o comunicado do ar no final da terça-feira.
“A Volkswagen of America não mudará seu nome para Voltswagen. A mudança de nome foi projetada para ser um anúncio no espírito do Dia da Mentira (1 de abril), destacando o lançamento do SUV totalmente elétrico ID.4 e sinalizando nosso compromisso em trazer a mobilidade elétrica para todos”, disse um porta-voz da companhia nos Estados Unidos em outro comunicado.
“Em breve forneceremos atualizações adicionais sobre este assunto”, acrescentou.
A Volkswagen deve emitir um novo comunicado sobre o assunto nesta quarta-feira, disse uma fonte a par do assunto.
Um porta-voz da Volkswagen na Alemanha classificou a mudança da marca uma “boa ideia” de marketing. O presidente-executivo do Volkswagen Group of America, Scott Keogh, não respondeu a pedidos de comentários.
“Aparentemente, ninguém no processo de aprovação da @VW disse, ei, talvez não devêssemos mentir para a imprensa por causa do que aconteceu sobre as emissões”, disse Dawn Kopecki, editora sênior do CNBC.com, no Twitter.
Pelo menos um analista escreveu um relatório elogiando a mudança do nome na empresa. As ações ordinárias da Volkswagen recuavam 1,2% às 9h48 (horário de Brasília) desta quarta-feira, depois de terem fechado em alta de 10,3% na terça-feira.