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Volatilidade pressiona fundos imobiliários, mas cenário abre oportunidades, avalia Cy Capital

08 abr 2025, 12:40 - atualizado em 08 abr 2025, 12:41
fundos imobiliários
fundos imobiliários - (Imagem: Monthirayodtiwong/ Canva Pro)

Assim como outros ativos no mercado global, os fundos imobiliários (FIIs) também sentiram os efeitos da recente alta na aversão ao risco, provocada, em grande parte, pelas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos.

O movimento elevou os juros futuros de curto prazo, que chegaram a ultrapassar 8,5% ao ano, impactando diretamente os preços das cotas. Nos últimos dias, no entanto, esse avanço perdeu força, à medida que o mercado voltou a considerar a possibilidade de um ciclo de aperto monetário mais curto especialmente no Brasil.

Segundo a economista Eliane Teixeira, da Cy Capital, as oscilações nas taxas de juros — tanto a Selic quanto as futuras — influenciam os preços dos FIIs de forma quase imediata.

“Quando há oscilações nas taxas de juros, é natural que vejamos também volatilidade nos preços desses fundos. Esse é o primeiro impacto direto”, afirma a especialista.

No caso dos fundos imobiliários de tijolo, o impacto vem principalmente da reprecificação do fluxo de rendimentos, já que com juros mais altos, o valor presente desses fluxos diminui.

Já os FIIs de papel sofrem mais com a elevação da percepção de risco de crédito e com a queda no valor patrimonial dos CRIs, que são marcados a mercado conforme os movimentos dos títulos públicos, como o Tesouro IPCA+. Assim, quando há alta nas taxas desses papéis, o valor dos CRIs — e dos fundos — é ajustado para baixo.

Além disso, em cenários de incerteza, a renda fixa se torna mais atraente, exigindo prêmios maiores dos FIIs e pressionando ainda mais suas cotas.

Fundos imobiliários de papel: momento de oportunidade?

Apesar do cenário mais desafiador, a Cy Capital enxerga boas oportunidades para investidores atentos. Para a economista, muitos FIIs seguem atrativos. “Fundos de papel com boa diversificação, lastros sólidos e gestão ativa de risco de crédito continuam oferecendo prêmios interessantes”, diz Eliane.

Segundo ela, em um eventual cenário de estabilidade ou queda nos juros, os preços dos Fundos Imobiliários tendem a se recuperar, beneficiando quem aproveitou o momento de baixa para investir.

Por volta das 12h (horário de Brasília) desta terça-feira (8), o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) avançava 0,05%, aos 3.255,36 pontos, após iniciar a semana em queda.

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Formado em Jornalismo pela Universidade Nove de Julho, possui MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Já trabalhou na redação da TV aberta do Grupo Bandeirantes de Comunicação e como líder de conteúdo no time do Economista Sincero. Atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade Nove de Julho, possui MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Já trabalhou na redação da TV aberta do Grupo Bandeirantes de Comunicação e como líder de conteúdo no time do Economista Sincero. Atua como repórter no Money Times.
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