Mercados

Volatilidade marca a primeira semana do ano nos mercados mundiais

07 jan 2019, 8:53 - atualizado em 07 jan 2019, 8:53

Por Investing.com – Incertezas do fim de 2018 em relação ao crescimento econômico mundial prosseguem na primeira semana do ano, amplificando a volatilidade no preço dos principais ativos financeiros. Logo nas primeiras horas do segundo dia do ano, a China divulgou dado sobre a produção industrial do país em dezembro, que apresentou contração pela primeira vez em 19 meses. A resposta das autoridades chinesas veio na sexta-feira com corte na taxa compulsória dos bancos.

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Ainda na quarta-feira, a Apple (NASDAQ:AAPL) comunicou a redução da previsão de receita no quarto trimestre de 2018, de US$ 89 bilhões para US$ 84 bilhões, citando vendas menores de iPhones na China e em países emergentes. A redução foi interpretada como um impacto direto da guerra comercial entre EUA e China, pois afeta a cadeia produtiva da Apple, o que levou a uma forte queda nos índices acionários de Wall Street na quinta-feira, com Nasdaq despencando 3,04%, Dow perdendo 2,83% e S&P 500 cedendo 2,48%.

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O inesperado anúncio na Apple também repercutiu no mercado de moedas, com o iene se valendo do seu status de “refúgio seguro” para se valorizar fortemente em relação às principais moedas internacionais, amplificado pela baixa liquidez devido ao fechamento dos mercados japoneses no dia.

O mercado de títulos da dívida pública de 10 anos do Tesouro americano também foi movimentado pela previsão pessimista da Apple. Na quinta-feira, o rendimento destes EUA a 10 anos estava em 2,58%, longe do simbólico 3% que demarcava o aperto da política monetária do Fed, o que elevou para 15,7% a chance de o Fed reduzir os juros na reunião da Fomc em maio, enquanto a chance de os juros estarem menores em outubro saltou para 30%.

Mas essa expectativa se alterou na sexta-feira. Em entrevista à Associação Econômica Americana, o chairman do Fed, Jerome Powell, dissipou as preocupações do mercado ao afirmar que o Banco Central americano está preparado para ser paciente com a evolução dos dados econômicos e aos riscos associados às incertezas econômicas globais, sinalizando que não há um plano para o aumento automático das taxas de juros.

A fala de Powell repercutiu nos mercados acionários de Wall Street, com Dow fechando a sexta-feira em alta de 3,29%, S&P saltando 3,43% e a Nasdaq crescendo 4,26%. Apesar de a promessa de flexibilizar o aperto monetário com a evolução ruim dos dados econômicos, Powell garantiu que a economia americana vive um bom momento.

Dois relatórios sobre o mercado de trabalho divulgados na sexta-feira corroboram a visão do chairman do Fed. O ADP indicou a criação de 271 mil postos de trabalho não-agrícolas em dezembro, contra a expectativa do mercado de 179 mil. Já o Payroll apresentou a geração de 312 mil vagas não agrícolas e aumento da massa salarial no mês passado, mesmo com a elevação da taxa de desemprego nos EUA de 3,6% para 3,9%, devido ao maior número de trabalhadores procurando trabalho.

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