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Volatilidade dos mercados em 2017 será maior, prevê Rio Bravo

09 dez 2016, 13:23 - atualizado em 05 nov 2017, 14:08

A única certeza que a equipe da Rio Bravo Investimentos tem sobre 2017 é que a volatilidade dos mercados será maior. Em uma carta enviada a clientes sobre as perspectivas para o ano que vem, a gestora ressalta que o país poderá retomar lentamente a atividade, mas em um cenário no qual os consumidores e as empresas estão muito endividados e os bancos estão relutantes em emprestar.

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“A elevada capacidade ociosa não é um bom indicador antecedente para um forte aumento de investimentos e o alto, e ainda crescente, nível de desemprego não permitirá recuperação da renda. Temos mais dificuldade em projetar o crescimento em 2018, já que o crédito pode começar a melhorar somando aos efeitos da queda da taxa de juros“, ressalta a Rio Bravo.

Juros

A grande discussão que poderá emergir no Brasil, mais à frente, será sobre definir qual o juro real necessário para uma economia estável com inflação abaixo de 5% a.a.

“É possível imaginar juros reais significativamente mais baixos, destacando títulos pré-fixados e principalmente NTNs-B e fundos imobiliários como ativos que mais responderiam em um cenário de melhora. Em qualquer cenário, porém, a volatilidade dos mercados em 2017 deve ser maior do que neste ano, o que faz da diversificação no exterior estratégia das mais atraentes”, avalia a Rio Bravo.

Tendo como base as projeções atuais do mercado para a inflação em 2017 e 2018, tanto do BC quanto do consenso (Focus), a Rio Bravo estima que ainda há espaço para a queda de juros. “Acreditamos, ainda, que a medida que os projetos de ajuste fiscal passem no Congresso e a inflação recue, as expectativas ficarão mais favoráveis e o BC poderá cortar a taxa de juros além do que está precificado pelo mercado”, explica.

Câmbio

A Rio Bravo ressalta ainda que o diferencial de taxa de juros entre o Brasil e qualquer país do mundo, ao lado da recuperação da credibilidade do governo, favorecem um cenário de fortalecimento do real. “Já o aumento da incerteza nos EUA com a eleição de Trump, por enquanto traduzido em juros nominais mais elevados, é o principal risco“, estima a gestora.