Volatilidade do petróleo, por maior produção e covid, manterá etanol em alerta
Nas próximas três semanas, a volatilidade do petróleo ficará bastante expressa, em paralelo à aproximação da data limite para a oferta de mais 2 milhões de barris por dia. O conjunto Opep+, produtores tradicionais e seus aliados, prometeram cessar a extensão dos cortes de 9,7 milhões de bpd em 31 de julho, em acordo no final de maio sobre os 7,7 milhões então vigentes.
Nesta segunda (13), está em rali de leve baixa, em torno dos US$ 42,97 a US$ 43/barril, em Londres, ao redor das 10h20.
Em torno da esperada abertura das torneiras, o mercado vai operar de olho nas variações dos números da pandemia, especialmente a situação pouco clara dos Estados Unidos sobre o andamento da reabertura econômica ao mesmo tempo em que o contágio aumenta. Fora os outros grandes consumidores.
E a influência que podem gerar sobre os produtores, quanto a manterem a volta de maior produção ou a prorrogação do menor bombeamento em linha com as expectativas da demanda. Em despacho da Reuters, a Rússia, por exemplo, disse que não vê motivos para mudar o cronograma.
No Brasil, na medida em que a safra de cana do Centro-Sul entra o segundo semestre com pouco açúcar sobrando para exportações e, também, estoques justos de etanol, uma vez que a maioria das usinas privilegiaram o alimento, o cenário vai ficar no radar. O reflexo da cotação do barril do Brent na gasolina é importante em safra que promete ser mais curta.
O etanol recuperou parte do atraso dos primeiros meses da pandemia e depois de três quedas semanais consecutivas de preços nas usinas, apenas no terceiro aumento da gasolina, 5%, na quarta passada, voltou a ter ganhos limitados nas unidades. Na média do Cepea/Esalq, o litro subiu na indústria 0,68%, a R$ 1,6101 na semana passada, livre de taxas.
Mas houve registros de negócios a R$ 1,68, segundo Money Times acompanhou.