Volatilidade do mercado global resulta em queda do bitcoin e cenário negativo
O Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED), órgão responsável pela política monetária e pelo controle da taxa de juros dos Estados Unidos, manteve e reforçou a tendência de aumento de juros e de redução de estímulos econômicos para este ano.
A decisão gerou grande volatilidade observada nos mercados globais, desde S&P 500 e Ibovespa até o mercado de criptoativos com o bitcoin (BTC), ocasionando a desvalorização de 6% e atingindo a marca dos 42 mil dólares, acumulando 15% de queda no último mês.
De acordo com o especialista Orlando Telles, sócio-fundador e diretor de pesquisa da Mercurius Crypto, casa de pesquisa em criptoativos, este cenário é bem negativo para ativos mais arriscados e que receberam um grande fluxo de capital ao longo de 2020 e 2021, justamente pela necessidade dos investidores institucionais de buscarem bons potenciais de retorno para reduzir o impacto da inflação em seu portfólio.
Dessa forma, uma das principais teses de investimento do bitcoin – ter proteção contra a inflação e ser um ativo diversificado no cenário de baixa de juros – torna o ativo menos atrativo, o que pode ser observado com a queda no volume dos mercados futuros de Bitcoin da Bolsa Mercantil de Chicago nos últimos meses, assim como a queda do prêmio, o que reforça o pessimismo em médio prazo.
Para Orlando, em um cenário como este, é necessário a tomada de algumas posturas.
A primeira é compreender quais ativos tendem a ser mais afetados do ponto de vista fundamentalista com esta mudança, como o mercado de finanças descentralizadas (DeFi) e o bitcoin. O outro ponto é entender qual deve ser a duração destas mudanças e ajustar o portfólio baseado nestes horizontes.