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Volatilidade cambial tende a recuar com menor impacto de overhedge e pré-pagamentos de dívida, diz diretor do BC

10 ago 2021, 16:13 - atualizado em 10 ago 2021, 16:13
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Segundo Serra, por volta de dois terços do impacto de 50 bilhões de dólares com as mudanças ligadas ao overhedge ficaram para trás (Imagem: Pixabay/GeriArt )

A volatilidade do câmbio tende a se reduzir no país com o fim do impacto das mudanças nas regras de tributação do overhedge e do movimento de pré-pagamento de dívidas externas por parte das empresas exportadoras, disse nesta terça-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, reforçando tratar-se de fenômenos temporários.

“Ambos têm data para terminar, a gente pode não saber exatamente a data, mas é um ajuste de balanços que vai sair da frente, aí eu acho que ele vai se adequar, tende a tirar um pouco da pressão da volatilidade do câmbio”, afirmou Serra durante evento do banco Goldman Sachs(GS).

Segundo Serra, por volta de dois terços do impacto de 50 bilhões de dólares com as mudanças ligadas ao overhedge ficaram para trás.

Até o último dia deste ano deverá ser ajustada a quantia representada pelo terço restante.

O diretor disse não considerar que as taxas de juros em níveis extraordinariamente baixos tenham sido um fator relevante para a volatilidade, mas ponderou que este também é um componente que tende a sair de cena com o ciclo de aperto monetário que está sendo conduzido pelo BC.

Questionado se o BC poderia adotar o instrumento de opções para intervir no câmbio, Serra disse que em tese esta é uma alternativa à mão para o futuro, mas que não a considera adequada.

“Acho que seria um remédio meio tópico para os problemas. A volatilidade alta tem alguma razão. Eu mencionei algumas, mas pode ser que seja simplesmente a incerteza fiscal”, afirmou Serra, reforçando que é preciso entender as causas do fenômeno.