Você tem ideia de como investir numa startup?
Outro dia ouvi a seguinte frase: “Acredito em Deus. Ademais, confio em dados.”
E o dado é: em 18 meses, saímos de uma posição zerada para a formação de oito unicórnios no país. Mais da metade dos investimentos em startups na América Latina tem o Brasil como destino. E por estes dados a maior firma de Venture Capital do planeta, o japonês SoftBank, está preparando um fundo de US$ 5 bilhões para aportar em empresas na região, com especial atenção ao país.
Assim como no day trade – aquelas operações de bolsa de valores que os investidores ganham nas distorções no valor das ações num intervalo de um ou poucos dias – seguir o fluxo dos “peixes grandes” é uma oportunidade notória de desenvolver bons resultados.
Mas como um investidor comum pode aplicar parte de seu patrimônio numa startup? Ou melhor: vale a pena eu pensar em aplicar parte do que ganhei numa vida para um novo negócio que provavelmente não vingue?
Bom, alguns pontos esclarecedores para você, leitor:
– Segundo a consultoria CB Insights, a taxa de mortalidade de startups ao redor do mundo supera 90% em cerca de 5 anos
– Das 10% que sobram, parte delas terá um valor de mercado próximo a US$ 100 milhões, sendo a grande parte empresas de nicho e/ou adquiridas pelas gigantes de tecnologia.
– 1% das startups atinge a condição de unicórnio, ou seja, possuem valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.
– Na visão de grandes fundos de investimentos neste segmento – os tais chamados Venture Capital – o aporte realizado no timing certo nestas 10 empresas justificam e muito os valores em rodadas iniciais (seed e early estage) realizado em iniciativas que não deram certo.
Vejo que hoje o que não faltam é pessoas falando sobre investimentos. Sejam eles em renda fixa, macroeconomia… Renda variável então, são inúmeros vendendo o milagre que você ficará rico fazendo atividades A, B ou colocando seus esforços no segmento C.
A idéia da coluna “Finanças Exponenciais” é contar para os dois lados – investidor e potencial investido – os passos para juntos, fomentarmos o ambiente empreendedor de inovação no país. E não ficarmos ao largo da história.
De um lado, mostrarei os caminhos para que você coloque parte dos seus recursos – sejam R$ 500 ou R$ 1 milhão ou mais – em prol de investir em algumas das principais iniciativas em startups e novos negócios no país. Ao mesmo tempo quero apresentar caminhos que permitam acesso para investir em segmentos extremamente atraentes, mas que a curva de desenvolvimento no Brasil ainda é pequena.
Mais um dado: mercado de CBD (cannabis, tanto medicinal quanto recreativa) deve saltar para mais de US$ 30 bilhões em 2032, o que daria o mesmo porte do cervejeiro nos EUA. Isso sem falar em Internet das Coisas (IoT), que deve proporcionar um crescimento de 100 vezes o número de gadgets integrados a Internet – tema central da tecnologia 5G que virou crise diplomática por causa da liderança da Huawei.
Como investir nestes mercados a partir do Brasil?
Por outro lado, mostrarei algumas das melhores práticas para startups se prepararem para receberem investimento. Ou não: pessoalmente gosto muito da idéia de novo negócios construirem modelos sustentáveis de geração de caixa, recebendo aportes somente para acelerar seu ciclo de forte crescimento.
Mas isso são assuntos para os próximos posts. Até a próxima!