Você pagaria mais pela ação da Oi do que da Vivo? O mercado está pagando
As ações da Oi (OIBR3) estão mais caras do que as da Vivo (VIVT4) na Bolsa, calculam os analistas do Credit Suisse. Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba explicam em um relatório publicado nesta semana que os papeis parecem atraentes na comparação com o que a empresa pode gerar em ganho operacional em 2019, mas pode sera apenas uma ilusão.
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Entretanto, o fluxo negativo de caixa de R$ 1,6 bilhão, a dívida bruta de R$ 26 bilhões que cresce ao ritmo de 11% ao ano e a expectativa de nenhum crescimento de Ebitda (Lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização), tornam o múltiplo da Oi (Valor da empresa sobre o Ebitda) cresce rapidamente.
“Mesmo em uma base ajustada (por exemplo, deduzindo o valor da Unitel, créditos de PIS/Cofins e potenciais desinvestimentos imobiliários), vemos o EV/Ebitda da Oi com um prêmio para os pares já em 2020”, explicam.
Ao considerar-se os números estimados para o ano que vem, a Oi negocia a 4 vezes (EV/Ebitda) e a Vivo 3,9 vezes. Para 2021, a Oi salta a 4,6 vezes e a concorrente cai a 3,5 vezes.
“Portanto, não vemos a avaliação da Oi como atrativa pelo preço atual das ações. Finalmente, a rápida expansão no múltiplo da Oi também reduz significativamente o potencial de uma aquisição definitiva da Oi por outro participante, uma vez que não se espera que uma aquisição ocorra a curto prazo”, alertam.
A recomendação do banco é underperform (desempenho abaixo da média do mercado), o mesmo que venda, e preço-alvo de R$ 1,20.