Voa Brasil não decola para todos: Passagens a R$ 200 serão apenas para públicos específicos

Nesta segunda-feira (26), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o programa Voa Brasil, que prevê passagens aéreas de até R$ 200, será ofertado apenas para aposentados e beneficiários do ProUni.

Durante um evento na B3, o ministro afirmou que desde o início o programa foi pensado para esse público, afirmando que “nós não teríamos condições de, do dia para noite, ofertar passagens a R$ 200 para todos”.

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Em março do ano passado, Márcio França, ex-ministro da pasta, afirmou que o Voa Brasil atingiria estudantes do Fies, aposentados e pensionistas do INSS e servidores municipais, estaduais e federais que ganham até R$ 6,8 mil.

Na configuração atual, as passagens serão ofertadas para aposentados do INSS que ganham até dois salários-mínimos e estudantes do ProUni que não viajaram de avião no último ano. Os grupos correspondem a 20 milhões e 1 milhão de pessoas, respectivamente.

Voa Brasil pretende ocupar totalmente aeronaves

Apesar da mudança de beneficiários, o programa ainda mantém sua ideia original: ofertar passagens mais baratas em voos que embarcam com assentos vazios, complementando a ocupação de 80% das aeronaves.

O atual ministro afirmou que a expectativa é de trabalhar com um fundo garantidor, cujo montante é estimando entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, para permitir que empresas aéreas consigam empréstimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com Costa Filho, no momento a discussão gira em torno de qual é a melhor forma de fornecer garantias que o BNDES consegue ofertar os financiamentos.

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A expectativa é de que o programa seja oficializado na primeira quinzena de março e que ele consiga estimular o transporte aéreo, fornecendo ajuda a um setor que observa cada vez mais turbulência.