Vivo (VIVT3) voltará ao pódio de dividendos da bolsa, após 2T24 ‘positivo’? Analista vê rendimento de quase 2 dígitos
A Vivo (VIVT3) deve voltar a ser uma boa pagadora de dividendos, avalia o analista da Empiricus Research, Ruy Hungria. Os resultados “positivos” da companhia no segundo trimestre de 2024 (2T24) reforçam essa perspectiva, uma vez que a geração de caixa foi “bastante interessante”.
A Telefônica Brasil registrou lucro líquido de R$ 1,22 bilhão no período, o que representa uma alta de 8,9% na comparação anual. O Ebitda totalizou R$ 5,46 bilhões, marcando avanço de 7,3%.
O analista destaca o comportamento positivo dos resultados, em um momento que poucas companhias conseguem fazer os números crescerem de verdade. “Um negócio desse, que cresce resultados sem sustos, é um investimento interessante”, avaliou no programa do Money Times, Giro do Mercado.
Neste trimestre, o aumento do Ebitda ajudou na geração de caixa. “Por mais que o Ebitda tenha saltado 8%, o fluxo de caixa livre subiu mais de 20%. Isso contrabalanceou a pequena pressão que tivemos de custos”, diz.
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“Nós estamos bem otimistas em relação à questão de geração de caixa e pagamento de dividendos. É por isso que a companhia está na carteira de dividendos da Empiricus”, ressalta.
Nos últimos anos, os investimentos “pesados” da companhia — como as aplicação em fibra óptica e 5G, além da compra dos ativos da Oi e dos leilões — drenaram a geração de caixa da companhia. O aumento do endividamento e o pagamento de mais juros para os bancos também pressionaram os proventos.
Passado esse período, a melhora do perfil de investimento da Vivo e a redução do endividamento devem contribuir para aumentar o pagamento de proventos nos próximos meses. Agora, a companhia está priorizando aplicações que se traduzem em retornos mais imediatos de clientes e de fluxo de caixa.
A Empiricus espera que a operadora de telecomunicações apresente um dividend yield (rendimento de dividendos) de quase 10% ao ano.
O 2T24 da Vivo
O analista da Empiricus destaca o crescimento acima da inflação tanto do Ebtida e quanto da receita da Vivo no segundo trimestre.
O Ebitda cresceu 7,3%, totalizando R$ 5,4 bilhões. Já a receita foi de R$ 13,7 bilhão (+7,4%), impulsionada, principalmente, pelo crescimento de 8,8% na linha de serviços móveis e pela alta de 3,9% na receita de serviços fixos.
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Nos móveis, a migração de clientes pré-pago para pós, o ARPU (receita média por usuário) histórico e o ChurN (perda de receita ou clientes) estabilizado foram destaque. Nos fixos, o forte desempenho do FTTH (fibra para o lar), dos dados corporativos, TIC e serviços digitais ajudaram.
Hungria ressalta ainda os custos controlados da operadora de telecomunicações no trimestre.
“Não é uma empresa que vai crescer os resultados espetacularmente, mas tem um crescimento interessante, em um ambiente competitivo melhor, e com perfil de geração de caixa melhor daqui para frente”, diz.