Esta empresa pode pagar dividendos superiores a 100% nos próximos anos, diz BofA
O Bank of America espera um salto nos dividendos da Vivo (VIVT3), após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovar uma redução de capital de até R$ 5 bilhões.
Antes, o Fred Mendes e a equipe de analistas do BofA estimativam um dividend yield para a Vivo de 9% em 2023 e de 10% em 2024. O percentual, no entanto, considerava uma redução de apenas R$ 3,5 bilhões.
Agora, a redução de capital de R$ 5 bilhões “permitirá sustentar altos pagamentos de dividendos — acima de 100% — para os próximos anos”, dizem em relatório.
Os analistas veem a Vivo em uma “posição única”, dentro de um mercado mais racional após a consolidação da Oi. “Melhor momento em anos”, avaliam.
O BofA reitera a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo em R$ 56 — o que implica uma potencial alta de 26,9%.
Além dos dividendos: A avenida de crescimento para a Vivo
Uma das avenidas de crescimento para a Vivo é no segmento de banda larga, avaliam os analistas do BofA.
“Os tickets das empresas do segmento estavam sob pressão nos últimos trimestres, principalmente devido ao mercado altamente competitivo. No futuro, a Vivo espera que esta tendência se atenue, com uma estabilização de tickets no curto prazo e uma expansão posteriormente”, dizem.
Além disso, as receitas das soluções digitais B2B (empresa para empresa) da Vivo têm crescido entre 20% e 30% em relação ao ano anterior. “A companhia vê um caminho para sustentar esses números nos próximos anos”, afirmam.
Atualmente, apenas 10% dos clientes B2B utilizam as soluções digitais da companhia, o que representa uma oportunidade significativa para maior penetração.