Vivo: resultados não encheram os olhos, mas ação ainda é uma boa aposta
A Vivo (VIVT3) apresentou resultados neutros, na opinião dos analistas, com a receita líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) vindo em linha com as expectativas.
A companhia reportou queda de 18% no lucro líquido do primeiro trimestre do ano ante o mesmo período de 2020, com o montante totalizando R$ 942 milhões.
A receita ficou estável em R$ 10,8 bilhões, enquanto o Ebitda recorrente teve leve alta de 0,5%, com o montante permanecendo em R$ 4,4 bilhões. A margem Ebitda recorrente subiu 0,1 ponto percentual, para 41,1%.
A visão geral da Guide Investimentos é de que a empresa não conseguiu capturar um ambiente favorável do setor de telecomunicações com a pandemia.
Já para a Ativa Investimentos, a Vivo, mesmo não tendo apresentado um resultado trimestral de “encher os olhos”, conta com pontos a favor. Segundo a corretora, além dos ganhos de eficiência e da boa geração de caixa operacional, a companhia deve desembolsar investimentos necessários para captar valor com a chegada do 5G.
A corretora reforçou a indicação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 57. O valor corresponde a um potencial de valorização de 30,1% em relação à cotação do fechamento de ontem, de R$ 43,80.
O Safra destacou que, apesar da performance fraca na receita, a queda na taxa das receitas fixas está diminuindo trimestre a trimestre, o que sugere que a companhia verá uma dinâmica mais encorajadora pela frente.
Olhando para o longo prazo, o banco acredita que os novos negócios da companhia, como o Vivo Money, o Vivo Itaucard e o Vivo Pay, vão aumentar a capacidade de monetização da base de clientes, trazendo mais valor aos acionistas.
O Safra reiterou a classificação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e o preço-alvo ao fim de 2021 de R$ 58 para a Vivo. Além de ser uma boa pagadora de dividendos, a Vivo está sendo negociada a 4,6 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda), em linha com a TIM (TIMS3) e abaixo dos níveis da América Móvil, dona da Claro, que é negociada a 5,3 vezes.