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Vivo: Foco em fibra ótica é “um gatilho de curto prazo para ações”

03 mar 2021, 16:49 - atualizado em 03 mar 2021, 20:32
VIVT4 Vivo Telecomunicações ESG
Com a transação, Vivo, CDPQ e TEF Infra vão acelerar a expansão da rede FTTH (fiber to the home) para novas regiões (Imagem: Divulgação/Vivo/LinkedIn)

O negócio entre a Vivo (VIVT3), o fundo canadense CDPQ e a espanhola Telefônica Infra para fornecer uma rede neutra de fibra ótica no Brasil pode representar “um gatilho de curto prazo para as ações”, afirma a Ágora Investimentos em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (3).

“Como destacamos anteriormente, embora esse processo de exclusão envolva 10% das casas aprovadas, esse processo deve desbloquear valor para os acionistas, pois tem o potencial de indicar uma reavaliação da empresa”, afirmam os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles.

Além disso, a dupla destaca que a operação reforça a visão positiva sobre as negociações em andamento da Oi (OIBR3;OIRB4), “principalmente tendo em vista que a InfraCo da Oi atualmente detém cerca de 380 mil km em FTTH (Fibra para o Lar) e visa atingir um maior número de casas passadas no médio prazo”, dizem.

A Guide também elogiou o negócio, argumentando que com o novo sócio, que já se comprometeu a injetar R$ 1,8 bilhão no negócio de fibra ótica, a FiBrasil pode reunir esforços para expandir o número de domicílios onde o FTTH poderá ser contratado para 5,5 milhões num período de quatro anos.

“Vale dizer que seu portfólio inicial já é bastante robusto”, acrescenta o analista Luis Sales, que assina o documento.

O acordo

Com a transação, Vivo, CDPQ e TEF Infra vão acelerar a expansão da rede FTTH para novas regiões. A Vivo vai contribuir com cerca de 1,6 milhão de casas passadas em FTTH e será cliente âncora da FiBrasil, consolidando-se como operadora líder convergente no país.

A Vivo terá 25% do capital social votante da FiBrasil. A CDPQ, por até R$ 1,8 bilhão (incluindo pagamentos para a Vivo e contribuições para a FiBrasil), deterá 50% do capital social votante da empresa. A operação também contempla pagamentos a serem feitos pela TEF Infra, em condições econômicas equivalentes, por uma fatia de 25% na unidade.

Segundo a Vivo, o capital contribuído pela CDPQ, somado ao endividamento a ser levantado pela FiBrasil, proporciona um plano de negócios integralmente financiado para atingir os objetivos de desenvolvimento da nova empresa. Até o fechamento da transação, a Vivo vai transferir certos ativos, contratos e empregados à FiBrasil.

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