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Santander corta preço-alvo desta ação em 80% e rebaixa recomendação; papel desaba na B3

13 maio 2024, 11:49 - atualizado em 13 maio 2024, 14:47
VIVEO AÇÃO ibovespa
Santander rebaixou a recomendação de Viveo para neutra (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Santander rebaixou a recomendação de Viveo (VVEO3) para neutra e cortou o preço-alvo em 80%, de R$ 21 para R$ 4, mostra relatório de domingo (12). Hoje (13), a ação recuava 10,20%, cotada a R$ 3,17, por volta das 10h50.

Segundo Caio Moscardini, Guilherme Gripp e Karoline Correia, o fraco dinamismo dos lucros e a elevada alavancagem conduziram ao corte.

Os analistas explicam que a companhia passou por uma intensa onda de fusões e aquisições, que praticamente multiplicou as receitas em quatro vezes nos últimos cinco anos. Os primeiros anos das integrações “foram tranquilos”, mas, agora, o cenário mudou.

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A deflação médica, as mudanças fiscais regulatórias, os problemas operacionais de centros de distribuição, as pressões de margem e a deterioração do capital de giro levaram a um aumento significativo da alavancagem.

Além disso, a relação entre dívida líquida e Ebitda atingiu o patamar de 4,3 vezes no primeiro trimestre de 2024 e os analistas acreditam que talvez ainda não tenha atingido o pico. Existe também o risco de pagamento de Difal (Diferencial de Alíquota do ICMS).

“Em nosso novo preço-alvo, a Viveo seria negociada a 16 vezes e 7 vezes P/E em 2024 e 2025, implicando uma reavaliação de 14,4 vezes ao preço atual da ação de R$ 3,53 em 10 de maio de 2024”, diz a equipe do Santander.

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Viveo ainda é uma história de crescimento?

A IQVIA, empresa de saúde e tecnologia, prevê crescimento de receita (PPP) da taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 9% a 12% para o segmento farmacêutico não varejista entre 2022 e 2027. No entanto, o Santander está do lado mais conservador e prevê que a Viveo cresça a um CAGR de 9%.

“Esta estimativa já dá o benefício da dúvida de que a empresa será capaz de resolver questões operacionais para acelerar o crescimento”, avaliam os analistas.

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O banco ainda atualizou o modelo para Viveo, após resultados fracos entre janeiro e março deste ano. “Diminuímos nossas receitas em média 9% ao longo dos anos de projeção, principalmente porque a Viveo está sendo mais rigorosa com o retorno dos produtos vendidos”, dizem.

Além disso, os analistas acreditam que as pressões nas margens brutas e Ebitda podem levar mais tempo para se normalizarem e, portanto, reduziram as previsões em 270 pontos base e 240 pontos base em 2024 e 2025, respectivamente. Eles excluíram também os benefícios fiscais de subvenção dos resultados.